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Voz das Comunidades desenvolve projeto que levará questões sociais das favelas ao G20

Projeto F20 busca incluir as favelas cariocas nas discussões da cúpula global, que ocorrerá no Brasil em novembro
Vista das casas das favelas do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.

Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

11 de março de 2024

A organização não governamental Voz das Comunidades, fundada pelo jornalista René Silva, pretende representar as comunidades do Rio de Janeiro na cúpula do G20, fórum que reúne os 19 países mais ricos do mundo — além de União Africana e União Europeia — para discussões de metas globais econômicas, sociais e ambientais. 

Nomeado de F20, o projeto será composto por 20 favelas do Rio de Janeiro e busca apresentar propostas que beneficiem estas e outras localidades marginalizadas. As primeiras reuniões têm previsão de início a partir de maio, no Vidigal, paralelamente às agendas do G20.

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Em entrevista à Agência Brasil, René compartilha que a intenção do projeto é abrir portas para outras questões sociais que não chegam nas discussões públicas. “A ideia do projeto F20 é jogar luz sobre as diversas pautas que existem dentro da favela e que ninguém está falando sobre”, comenta o jornalista à Agência Brasil.

Para ele, esse tipo de iniciativa é significativa para diversificar as perspectivas representadas nos debates internacionais. “Essas favelas, na maioria das vezes marginalizadas e excluídas dos processos de tomada de decisão, 

vão se unir para amplificar suas vozes e demandar atenção para questões que afetam diretamente suas vidas”, completa.

Criado no Morro do Adeus, no Complexo do Alemão (RJ), o Voz das Comunidades nasceu em 2005, quando René ainda era um estudante. O jornal comunitário era um espaço para moradores divulgarem notícias locais. Hoje, o projeto se tornou uma ONG com viés jornalístico, de responsabilidade social e promoção de eventos, idealizada pelos moradores das favelas do Rio de Janeiro.

  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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