A ministra da Saúde, Nísia Trindade, lançou no sábado (22) no Rio de Janeiro o Mapa de Potencialidades das Periferias. A ferramenta, apresentada durante o Primeiro Encontro Nacional de Observatórios de Saúde nos Territórios de Periferia, busca auxiliar na formulação de políticas públicas e no fortalecimento de ações em áreas periféricas a partir de dados coletados e sistematizados em um portal interativo.
Durante o lançamento, a ministra enfatizou o compromisso do Ministério da Saúde em colaborar estreitamente com as organizações periféricas para promover políticas de saúde. “Todas as iniciativas de vocês [participantes] contribuem para promover a saúde. Continuaremos trabalhando dessa forma, buscando sempre melhorar. Seguiremos com essa agenda e, após o encontro, avaliaremos os resultados na área da saúde”, afirmou Nísia Trindade em nota.
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Ela também destacou a importância de considerar as questões culturais e sociais na abordagem da saúde. “A cultura ativa e criativa, como no movimento hip-hop, é essencial. Devemos valorizar o que nos une como país, uma grande corrente de solidariedade que reflete nossos valores de paz, mudança, transformação e saúde”, acrescentou.
O Mapa de Potencialidades oferece um raio-X das periferias brasileiras, reunindo informações de mais de 10 mil periferias urbanas em todos os estados do Brasil. Usuários poderão localizar diversos empreendimentos periféricos nas áreas de saúde, assistência social, educação e pesquisa, meio ambiente, cultura, habitação, desenvolvimento e defesa de direitos humanos, entre outros.
O assessor especial para a Saúde nos Territórios de Periferia do Ministério da Saúde, Valcler Fernandes, explicou que o mapeamento se soma ao mapa de periferias que localiza organizações da sociedade civil atuantes em territórios periféricos, uma iniciativa construída no Programa Periferia Viva. “Este mapeamento permitirá que as pessoas entendam o que existe em suas comunidades, muitas vezes desconhecido até pelos próprios moradores. Além disso, a ferramenta vai criar camadas de informação que possam ser utilizadas conforme a necessidade de cada um”, disse Fernandes.
O próximo passo da iniciativa, segundo Fernandes, é mapear terras quilombolas, indígenas e territórios rurais, abrangendo campo, floresta e águas, de forma articulada com o mapa colaborativo de participação social.