Entenda o que é considerado ‘doping’ nos Jogos Olímpicos de Paris

Três atletas brasileiros – Hygor Gabriel (revezamento 4x100m), Max Batista (marcha atlética) e Lívia Avancini (arremesso de peso) –, chegarão a Paris nesta terça-feira (23) para tentar obter a liberação para participar dos Jogos Olímpicos, segundo informações oficiais da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt).

Embora tenham alcançado os critérios para a vaga olímpica, os três atletas não foram convocados, pois não haviam passado por pelo menos três testes antidoping, cada um, em exames feitos fora de competição, com um intervalo mínimo de 21 dias.

Essa é uma exigência da World Athletics, órgão que regula as diretrizes do atletismo internacionalmente. Os testes surpresa de doping precisariam ter sido feitos entre setembro do ano passado e o último dia 4 de julho para que os atletas fossem considerados aptos a serem convocados para os Jogos.

O que é doping?

O doping é uma prática proibida nos Jogos Olímpicos, que consiste no uso de substâncias ou métodos que alteram o desempenho de um atleta, visando a obter uma vantagem injusta sobre os demais competidores. A Agência Mundial Antidoping (WADA), em tradução livre, é a entidade responsável por estabelecer as regras e regulamentações sobre o doping nos esportes.

Para os Jogos Olímpicos de 2024, a agência definiu uma lista de substâncias e métodos proibidos, que incluem estimulantes, como a cafeína e a efedrina; narcóticos, como a morfina e a codeína; e anabolizantes, como o estanozolol e a nandrolona. Outras substâncias, como hormônios, diuréticos e moduladores de crescimento também são proibidas.

Além disso, a WADA também estabeleceu regras sobre a quantidade permitida de substâncias em amostras de urina e sangue, conhecidas como “limites de detecção”. Os atletas que forem flagrados em doping durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024 estarão sujeitos a sanções, que podem incluir a desclassificação, a perda de medalhas e a suspensão de competição.