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Protagonistas, atletas negras se destacam nas vitórias do Brasil nas Olimpíadas de Paris 

Rayssa Leal, Rebeca Andrade, Rafaela Silva e Beatriz Souza são destaques entre as nove medalhas já conquistadas pelo país
A brasileira Rafaela Silva reage após derrotar a alemã Pauline Starke na luta das quartas de final do judô por equipes mistas dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, na Arena Champ-de-Mars, em Paris, em 3 de agosto de 2024.

Foto: Luis Robayo/AFP

3 de agosto de 2024

O Brasil já acumula nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 um total de nove medalhas, sendo uma de ouro, quatro pratas e quatro bronzes. Na maioria das vitórias, nas disputas individuais ou em equipe, o protagonismo foi de atletas negras como Rayssa Leal, Rebeca Andrade, Rafaela Silva e Beatriz Souza.

Este sábado (3), especialmente, foi um dia de conquistas para o país com mais duas medalhas em menos de uma hora. O judô encerrou a sua participação no torneio com mais uma medalha de bronze, a primeira do país nesta categoria, que começou a ser disputada em Tóquio 2020. 

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A equipe formada pelas judocas negras Beatriz Souza, Rafaela Silva e Ketleyn Quadros junto de Larissa Pimenta, Daniel Cargnin, Rafael Macedo, Léo Gonçalves, Guilherme Schmidt, Rafael Silva e William Lima fechou a competição com quatro pódios no total.

Sorteada, Rafaela Silva foi quem trouxe o bronze ao Brasil com a chamada “luta da morte”, categoria de até 57 kg feminino. “Cheguei até a semifinal no individual e fiquei sem medalha. A gente [a equipe] conversando todos os dias, a gente falava ‘essa medalha é nossa’, nem que seja na base do ódio. Deus colocou essa essa última luta na minha mão e eu consegui sair com essa vitória”, afirmou a judoca em entrevista à TV Globo.

Neste sábado, Rebeca Andrade conquistou a terceira medalha em Paris e se tornou a atleta brasileira com mais medalhas olímpicas na história. Em uma disputa acirrada com as estadunidenses Simone Biles e Jade Carey, a ginasta brasileira conquistou uma nota total de 14.966 no salto feminino e terminou com a prata. Com isso, ela já soma cinco medalhas na carreira e ainda disputa as finais da trave e do solo na segunda-feira (5).

Na quinta-feira (1), Rebeca também ganhou a medalha de prata no individual geral, ficando atrás apenas de Simone Biles, que garantiu a medalha de ouro para os Estados Unidos. No dia anterior, Rebeca desempenhou papel fundamental para a conquista do bronze por equipes na ginástica artística, a primeira medalha brasileira na categoria.

Primeira medalha de ouro para o Brasil foi de uma atleta negra

Beatriz Souza conquistou na sexta-feira (3) a primeira medalha de ouro para o país na edição. Em um confronto emocionante, a judoca venceu a final da categoria +78kg contra a vice-líder do ranking e subiu ao posto mais alto do pódio. Foi o primeiro ouro do judô desde a vitória de Rafaela Silva nas Olimpíadas no Rio em 2016 e o quinto na história do país. Com a conquista, o Brasil disparou no quadro de medalhas conquistando um espaço entre os 20 países com melhores desempenhos.

Uma das primeiras medalhas conquistadas por uma atleta negra nesta edição das olimpíadas foi a da skatista Rayssa Leal, de 16 anos, na segunda-feira (29). A “fadinha” voltou ao pódio depois da prata em Tóquio 2020, desta vez com o bronze no skate street feminino. Rayssa é a segunda atleta de menos de 24 anos a conquistar medalhas em edições consecutivas dos jogos olímpicos.

Os Jogos Olímpicos de Paris se encerram no domingo (11) e o Brasil ainda terá várias oportunidades de angariar mais medalhas nas modalidades de atletismo, ginástica artística feminina, vôlei feminino, handebol feminino, entre outras.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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