Não há dúvidas de que a ginasta brasileira Julia Soares encantou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 com o seu giro na trave registrado com o seu sobrenome. O feito notável foi realizado pela atleta em 2021, quando tinha apenas 15 anos, e marcou a oficialização de uma nova entrada no aparelho.
Entre as atletas negras brasileiras, duas mulheres já batizaram movimentos. Ícone da ginástica artística, Daiane dos Santos eternizou seu nome na modalidade com dois movimentos que são sua marca registrada: o Duplo Twist Carpado e o Duplo Twist Esticado. Os elementos foram homologados como “Dos Santos I” e “Dos Santos II”.
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Anos depois, Lorrane Oliveira também fez história ao aprimorar o Duplo Twist Carpado de Daiane e registrou o “Oliveira” no Mundial de 2021. A atleta adicionou uma meia torção extra ao passe de queda criado pela campeã mundial brasileira. Em Paris, Lorrane conquistou a inédita medalha de bronze por equipes na ginástica artística feminina para o Brasil.
A ginasta estadunidense Simone Biles protagonizou um momento histórico no Mundial da Antuérpia, em outubro de 2023, se isolando como a segunda atleta com mais movimentos homologados. Ela fica atrás apenas da ginasta russa Svetlana Khorkina, que possui oito movimentos.
Biles, que já conquistou onze medalhas olímpicas, possui atualmente dois movimentos com seu nome no salto, dois no solo e um na trave de equilíbrio. O destaque fica para o “Yurchenko Double Pike”, que agora se chama “Biles II”, e é considerado o movimento mais difícil da ginástica artística feminina, pois exige uma execução milimétrica em cerca de seis segundos.
Para nomear um movimento, um ginasta deve realizá-lo a qualquer momento da competição sem cometer grandes erros de execução. O feito também deve ser solicitado à Federação Internacional de Ginástica (FIG).
Além disso, de maneira geral, é necessário que o movimento nunca tenha sido executado em competições oficiais da FIG, como os Jogos Olímpicos, evento reconhecido pela Federação.