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Mais de 2 mil indígenas disputam vagas de vereador nas eleições 2024

Em relação ao alinhamento político, 41,87% dos candidatos indígenas estão afiliados a partidos de direita. Os partidos de esquerda têm 40,42% das candidaturas desse público
Imagem mostra uma mulher com um bebê no colo, ao lado de um homem ao lado de uma urna de votação; todos são indígenas.

Foto: Divulgação/OEA

17 de setembro de 2024

Em outubro, mais de 461,7 mil candidatos vão disputar cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador em 5.569 municípios brasileiros, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Destes, 2.479 se declararam indígenas, o que representa um aumento de 14,13% em relação a 2020. Os dados são do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), em parceria com o coletivo Common Data, a partir do estudo “Perfil do Poder – Eleições 2024”.

A participação indígena nas eleições aumentou em todas as regiões do Brasil. Em 2020, por exemplo, havia 2.172 registros de candidatos indígenas, enquanto em 2024, esse número saltou para 2.479. Isso representa um crescimento de 14,13%, de acordo com as informações do Inesc.

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Das 2.479 candidaturas indígenas registradas, 1.966 divulgaram sua etnia, o que somou 176 etnias. As três maiores etnias são Kaingang, com 168 candidaturas, Tikúna, com 150, e Makuxí, com 107.

Embora as candidaturas indígenas estejam em ascensão, a representatividade em cargos executivos ainda é limitada, segundo o estudo. Em relação ao gênero dos candidatos indígenas, 1.568 (63,25%) são homens e 911 (36,75%) são mulheres.

Além disso, em relação ao alinhamento político, 41,87% dos candidatos indígenas estão afiliados a partidos de direita. Os partidos de esquerda têm 40,42% das candidaturas desse público e, o restante (17,71%), é de centro.

Consideradas apenas as 26 capitais em que haverá eleições no próximo mês, há apenas um candidato autodeclarado indígena concorrendo ao cargo de prefeito. Trata-se de do Capitão Lucínio Castelo de Assumção, da etnia Guarani, que disputa a Prefeitura de Vitória, pelo Partido Liberal (PL).

  • Caroline Nunes

    Jornalista, pós-graduada em Linguística, com MBA em Comunicação e Marketing. Candomblecista, membro da diretoria de ONG que protege mulheres caiçaras, escreve sobre violência de gênero, religiões de matriz africana e comportamento.

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