Com o objetivo de dar visibilidade a personalidades negras ainda pouco conhecidas pelo grande público, o projeto de extensão “Contação de Histórias Antirracistas” foi criado em 2019 na Universidade Veiga de Almeida (UVA), fruto de uma parceria entre os cursos de História e Pedagogia do campus Tijuca, no Rio de Janeiro.
Desde sua criação, o projeto já passou por cerca de 40 escolas em diversos municípios do estado. Adaptando as histórias ao público, que vai da educação infantil ao ensino médio, o grupo já narrou trajetórias de importantes figuras como Maria Carolina de Jesus, Luís Gama, Lima Barreto, Dona Ivone Lara, Alcione e Mussum.
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O funcionamento do projeto ocorre sob demanda: as instituições, principalmente da rede municipal, entram em contato com a equipe da Veiga e indicam a necessidade e a temática a ser trabalhada, seja ela religiosa, étnico-racial ou outra. A partir disso, os alunos da UVA selecionam a história mais adequada à realidade local, produzem a narrativa e realizam a contação.
Para atrair a atenção do público infantil e juvenil, o projeto utiliza obras do “Negro Muro”, iniciativa que intervém artisticamente em bairros com murais retratando figuras negras cujas histórias nem sempre estão presentes nos livros.
Segundo Giovanni Codeça Silva, professor de História e coordenador do projeto, “quando atendemos crianças pequenas, levamos painéis com a imagem do muro em forma de quebra-cabeça ou realizamos dinâmicas para que recontassem a história por meio do painel, medindo a compreensão da narrativa”.
Além das atividades em escolas, o “Contação de Histórias Antirracistas” já participou de grandes eventos literários, como o Festival do Leitor (LER) e a Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP).
As instituições interessadas pelo projeto podem entrar em contato pelo o Instagram.
