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Fiocruz cria observatório para monitorar saúde da população negra no Brasil

Iniciativa busca aprimorar a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra e será lançada oficialmente em 2025
Imagem de uma paciente negra sendo atendida por dois médicos negros. O Observatório para a Saúde da População Negra, iniciativa da Fiocruz, Ministério da Saúde e da Universidade Federal do Rio de Janeiro, está previsto para ser lançado em 2025.

Foto: Reprodução/Freepik

18 de outubro de 2024

Com o objetivo de garantir a equidade no acesso à saúde para a população negra, será criado o Observatório para a Saúde da População Negra, hospedado na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz). O projeto é fruto de uma parceria entre o Ministério da Saúde e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A expectativa é de que a iniciativa esteja em funcionamento no primeiro semestre de 2025.

Para desenvolver a estrutura conceitual e estratégica do observatório, gestores, profissionais de saúde, pesquisadores, sociedade civil e movimentos sociais se reuniram nos dias 16 e 17 de outubro no Rio de Janeiro, durante o seminário Observatório de Saúde da População Negra: Perspectivas para uma Construção Coletiva. A expectativa é que esses grupos contribuam com ideias e conteúdos de forma participativa.

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De acordo com Marly Cruz, pesquisadora da Ensp/Fiocruz e coordenadora do projeto, “o observatório vai concentrar informações e conhecimentos para melhorar a qualidade das políticas e ações de saúde. Nesse sentido, é importante construir de forma participativa”. 

Ela ainda destacou, em nota da Agência Fiocruz, que o monitoramento e a avaliação são essenciais para a sustentabilidade técnica, política e financeira da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), o que impacta diretamente na melhoria das condições de vida da população negra.

O observatório visa sistematizar e compartilhar dados sobre a saúde da população negra a partir de uma perspectiva decolonial, oferecendo subsídios para gestores, pesquisadores, movimentos sociais e a sociedade civil. Segundo Marly Cruz, a criação desse espaço na Ensp/Fiocruz representa um avanço no combate ao racismo institucional, alinhando-se às diretrizes da instituição.

O evento no Rio de Janeiro é uma das etapas do projeto, que terá um protótipo apresentado em Brasília no dia 20 de novembro. O lançamento oficial do observatório está previsto para ocorrer entre março e abril de 2025.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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