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Líderes de periferias entregam relatório com ações prioritárias a autoridades do G20

O documento do Favelas 20, batizado de Communiqué, é resultado da atuação de seis grupos de trabalho e de mais de 100 organizações nacionais e internacionais
vento de lançamento do Communiqué, documento elaborado pelo Favelas 20 que centraliza as demandas das periferias do Brasil.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

5 de novembro de 2024

No Dia Nacional da Favela, data comemorada na última quarta-feira (4), o grupo de trabalho Favelas 20 entregou uma lista de ações prioritárias a serem desenvolvidas na cúpula do G20, fórum internacional que reúne as principais potências globais para discutir metas econômicas, sociais e ambientais.

Em 2024, a presidência da Conferência do G20 será de responsabilidade do Brasil, que sediará o evento em novembro. Para garantir que se tenha representação das populações periféricas, o Favelas 20, conduzido pela organização não governamental (ONG) Voz das Comunidades, conta com a participação de 20 periferias da cidade do Rio de Janeiro.

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Neste contexto, o Favelas 20 elaborou o “Communiqué”, documento que lista  15 recomendações prioritárias para atender as necessidades das populações periféricas brasileiras. O relatório, fruto da atuação de seis grupos de trabalho, contou com a participação de mais de 100 organizações brasileiras e de outros países.

Entre as propostas, o grupo sugere a criação de um fundo de financiamento para o desenvolvimento das favelas. Ainda há recomendações nas áreas de combate às desigualdades, promoção da saúde mental, combate ao risco de desastres naturais e finanças sustentáveis.

A cerimônia de lançamento do Communiqué foi realizada no Morro do Adeus no Complexo do Alemão, na capital fluminense. No evento, o idealizador do Voz das Comunidades, René Silva, defendeu que as soluções pensadas pelas lideranças globais da cúpula precisam ser direcionadas também às favelas, uma vez que os temas discutidos também afetam essa população. 

“A favela faz parte da solução, a favela tem a solução”, diz. “Quando a gente vai elencar todos os temas que são debatidos dentro do G20 pelas lideranças mundiais, todos os temas passam pela nossa vida, pelo nosso cotidiano das pessoas que moram aqui dentro das favelas”, declarou Silva.

Texto com informações da Agência Brasil

  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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