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Festival de Cinema Negro no Pará destaca produções amazônicas e homenageia lideranças quilombolas

Com 40 obras selecionadas, programação gratuita inclui oficinas, debates e premiações, com o intuito de valorizar cineastas negros e povos originários
Imagem da professora e militante do movimento negro Zélia Amador de Deus, que dá nome ao Festival de Cinema Negro no Pará. Em sua 4ª edição, o evento destaca produções amazônicas e homenageia lideranças quilombolas em programação que segue até o dia 26 de janeiro.

Imagem da professora e militante do movimento negro Zélia Amador de Deus, que dá nome ao Festival de Cinema Negro no Pará. Em sua 4ª edição, o evento destaca produções amazônicas e homenageia lideranças quilombolas em programação que segue até o dia 26 de janeiro.

— Reprodução/Omeka CDESS

15 de janeiro de 2025

O 4º Festival de Cinema Negro Zélia Amador de Deus teve início na última terça-feira (14) e seguirá até o dia 26 de janeiro no estado do Pará. A iniciativa busca promover e divulgar a produção audiovisual de cineastas negros e povos originários da região amazônica, como comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas.

A programação, que é gratuita, será realizada em diversos locais, entre eles o Museu da Imagem e do Som (MIS) no Palacete Faciola, na cidade de Icoaraci, e nas ilhas de Caratateua (Outeiro), Cotijuba, Mosqueiro e Maracujá.

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O evento presta homenagem à professora, atriz e ativista Zélia Amador de Deus, uma das principais lideranças do movimento negro no Pará e na Amazônia. Fundadora do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa), Zélia é referência na luta por igualdade racial e valorização cultural.

Nesta edição, o festival também homenageia a líder quilombola Felipa Maria Aranha, do Baixo Tocantins, e destaca sua relevância histórica e cultural. A programação inclui a exibição de 40 obras dirigidas por pessoas negras ou povos originários, dentro de categorias como curtas-metragens, videoclipes e animações.

Oficinas e debates

Até o dia 17, a Estação Cultural de Icoaraci sedia oficinas de fotografia para cinema, direção de arte e continuidade, ministradas por profissionais do audiovisual amazônico como Lu Peixe, Maurício Moraes e Francisco Ricardo.

No dia 22, será realizado o Fórum de Cineastas Negros, em parceria com a Associação de Profissionais Negros do Audiovisual, com debates sobre o fortalecimento da representatividade no setor. Nos dias 23 e 24, haverá masterclasses sobre coprodução com cinema indígena, montagem e distribuição de curtas, com profissionais como Bitate Juma, Beka Munduruku, Uilton Oliveira e Mário Costa.

A cerimônia de abertura oficial acontece no dia 18, na Estação Cultural de Icoaraci, com a exibição do documentário Ginga Reggae, da cineasta Nayra Albuquerque. A celebração segue no Espaço Cultural Coisas de Negro, com shows do grupo Os Falsos do Carimbó e da DJ Cleide Roots, ambos do Pará.

O Festival de Cinema Negro no Pará será encerrado no dia 26 com a entrega do Troféu Zélia Amador de Deus, que premiará os melhores filmes em cinco categorias: melhor animação amazônica, melhor filme da região amazônica, melhor videoclipe, melhor filme nacional e melhor projeto múltiplos formatos. Serão distribuídos mais de R$ 9,5 mil em prêmios.

As inscrições para as oficinas e outras atividades que serão realizadas ao longo do Festival de Cinema Negro podem ser realizadas por meio de formulários disponibilizados nas redes sociais do Cine Diáspora.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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