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‘Perceberam a força que temos’: Kamau celebra ascensão do rap no Lollapalooza

A Alma Preta conversou com grandes nomes da cena em edição histórica do festival de música, que recebeu 240 mil pessoas no Autódromo de Interlagos, em São Paulo
O rapper Kamau.

O rapper Kamau.

— Patrick Silva/Alma Preta

2 de abril de 2025

A 12ª edição do Lollapalooza, que aconteceu entre os dias 28 e 30 de março, ficou marcada na história do rap brasileiro por projetar grandes nomes da cena nos maiores palcos do evento. O festival de música reuniu 240 mil pessoas no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

A line up mesclou novos e velhos nomes da cena. Karol Conká e Budah subiram ao palco a convite de Drik Barbosa. Já o mestre Kamau, em sua estreia no festival, convidou Zudizilla para acompanhá-lo após o artista inovar em seu próprio show ao apresentar um repertório completamente repaginado para abraçar o jazz.

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Mantendo a tradição de apoiar a nova geração, Kamau compartilhou em entrevista à Alma Preta que carrega consigo esse bonito e importante valor de apoiar a nova geração, uma lição aprendida com KL Jay, integrante dos Racionais MC’s e uma lenda do hip-hop brasileiro. 

“Perceberam a força que a gente tem por ser inegável. O que eu acho mais legal, principalmente da minha chegada aqui, é que não foi uma parada cavada. Eu sou independente desde sempre, trabalhei uma época com o Laboratório Fantasma vendendo os meus shows, mas sempre foi muita caminhada independente, assim como a deles”, explicou o produtor e compositor.

O rapper também afirmou que a persistência dos artistas é uma das maiores ferramentas para a ascensão da cena. “O meu trabalho me colocou aqui. Não foi alguém tentando negociar uma parada, mas sim a relevância do que eu faço”, pontuou.

“Para quem faz rap da maneira que eu faço, não necessariamente a sonoridade, mas que ama do jeito que eu amo, que briga e trabalha do jeito que eu trabalho, é como o Zudizilla disse: ‘para quem tá no corre, existe chance’.”, concluiu.

Quem tem um amigo, tem tudo!

“A vitória dos meus eu não perco por nada!”, celebrou Rashid nas redes sociais.  À reportagem, o músico, que não se apresentou no festival este ano, contou que “estar aqui representa muita coisa, é o sonho de muita gente”. 

“Fiz questão de vir hoje só para ver essas pessoas, porque essas pessoas também me viram e eu quero retribuir esse carinho, mostrando para elas que, elas estando aqui, me enche de orgulho e me representa também”, compartilhou.

Para o artista, a alegria de estar em um festival desse porte deve ser celebrada como um título mundial. “Quando acontece algo, dá algo errado em um show, é tão difícil. E quando dá certo é tão especial, é tão comemorado. Isso aqui é como ir jogar na Europa para um moleque que veio da base, é você receber esse carimbo de que o seu trabalho está sendo visto e, de fato, você fez algo que merece ser colocado em um festival que é mundial, essa é a grandeza da parada”, vibrou o cantor, que está na estrada desde o início dos anos 2000.

Essa sensação se estende ao público, que teve a oportunidade de acompanhar de perto seus ídolos se apresentarem no Lollapalooza. “Viemos justamente para ver o Zudzilla, o Kamau e a Drik Barbosa […] Então a gente tá muito feliz deles terem essa oportunidade, porque tocar em festival não é fácil, eles lutam muito para isso, é mérito deles e o talento deles. Então estamos aqui para enaltecer a cultura preta e a cultura do rap”, expressou uma fã.

Moda como forma de expressão

Em ascensão no cenário, o rapper sulista Zudizilla compartilhou como a sua paixão pela moda pode ser usada para além da estética, como um veículo de comunicação.

“Para mim, a moda chega como uma expressão e uma extensão do meu discurso. A minha roupa fala coisas que talvez eu não precise falar, o que vai evitar que alguém me fale alguma coisa. Porque só de me ver envergando a armadura que eu vou estar, já vai ser uma aproximação diferente que vão ter comigo e eu vou ter com o mundo”, disse.

Zud, como é carinhosamente apelidado por fãs e parceiros da música, explica que hoje não se enxerga mais como no início da carreira, quando o comprometimento com o público ainda não era uma realidade.

“Quando me vi no meio das minhas referências, eu passei a entender a responsabilidade daquilo que eu tava fazendo. Já não era mais um hobbie, nem diversão”, disse ao esclarecer que, hoje, se entende como um MC alternativo, e não mais underground.

Para ele, esses conceitos são um nicho do mercado da música, no qual há pessoas que, assim como ele, querem ultrapassar para acender, mas entendem que é na sub cultura que saem as melhores temáticas.

O rapper ainda rasgou elogios a Drik Barbosa, artista que compartilhou das mesmas referências que o rapper, e hoje caminham juntos nesses espaços. “A Drik é muito mais importante do que eu dentro do cenário, por ser mina, por cantar, por ser versátil, por ser plural, e eu sei o que é lidar com a importância de uma mina preta por ser casado com uma [a cantora Luedji Luna]”, enalteceu.

O Lollapalooza 2025 entregou mais de 70 atrações ao público, entre ativações com diversas marcas, atividades em grupo e shows nacionais e internacionais, como o grupo de música eletrônica Tropkillaz, Mc Kako, FatSync, Juyé, Nana Kohat, Michael Kiwanuka, DJ Agazero, entre outros.

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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