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Plataforma reúne afro-empreendedores e empresas comandadas por pessoas negras

Crilado em Aracaju (SE), projeto foi nomeado “Mercado Negro” objetiva fomentar a economia, ajudando a desenvolver os serviços e produtos oferecidos pela comunidade preta 

Texto: Redação I Imagem: Unsplash 

Criado em Aracaju (SE), site reúne afro-empreendedores e empresas comandadas por pessoas negras de todo país

4 de agosto de 2021

Visando fomentar uma rede na qual as pessoas possam encontrar produtos e serviços de profissionais negros(as), fortalecer o consumo consciente entre os pretos e desenvolver a economia na comunidade negra, a capital sergipana lança a plataforma “Mercado Negro”. Idealizada pela articuladora Marina Ribeiro, a iniciativa foi pensada desde o ano passado e lançada no final do último mês. 

Ao todo, o site reúne  lojas, produtos e serviços de empresas e empreendedores pretos(as) e, mesmo criado no nordeste, recebe ações propostas de todo o país. Para o pontapé de funcionamento da plataforma, lives sobre economia, consumo e empreendedorismo entre a comunidade preta foram publicadas e estão salvas na página oficial do projeto no Instagram

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Para a idealizadora, o “Mercado Negro” surgiu da necessidade de encontrar profissionais negros (as) quando eu precisava de algum serviço.  “Priorizo consumir de pessoas negras e, muitas vezes, não sabia onde encontrá-las. Consumir, assim como todas nossas ações, geram consequências e escolho fazer o dinheiro girar entre a comunidade negra, pois muitos/as profissionais pretos(as) são preteridos/as em contratações e na hora de escolher de quem comprar”, pontua. 

Marina ainda conta que a organização de um lugar onde pessoas pretas pudessem vender seus produtos e serviços nasceu no evento produzido pelo Grupo Abaô de Capoeira Angola, o Kizomba de Rua, ainda em 2017. Em 2020, a articuladora começou a levar a ideia para o formato virtual, através da criação site e da página no Instagram.

Leia também: ESPECIAL | Afroempreendedorismo cultural exige criatividade, autoconfiança e dedicação de mulheres negras

A empreendedora Ingrid Guimarães, sócia-fundadora de uma empresa de cosméticos que integra a nova iniciativa, celebra essa conquista de aquilombamento na economia do povo preto. “A existência de um espaço, onde a regra é divulgar e fortalecer o que as mentes e os corpos negros estão a produzir, pra mim é algo revolucionário. Por isso é tão importante iniciativas, como a do Mercado Negro, que tem como centro o protagonismo do povo negro, lhes dando visibilidade e oportunidade de crescimento, numa sociedade, que sistematicamente, os marginaliza”, pontua. 

O artista Yuri Círculo também compartilha da felicidade de uma plataforma voltada à propagação dos negócios realizados por pessoas negras. “É importante para criar uma rede onde o povo preto possa encontrar e divulgar serviços. É um canal importante para quem faz parte da luta antirracista fazer valer na prática cotidiana”, declara. 

Aos interessados em inserir suas empresas ou serviços que tenham o perfil de vendas da plataforma, um formulário de cadastro foi criado pelo Mercado. Mais informações sobre a ação estão disponíveis no site

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