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Após série da Netflix, investigação do assassinato de Malcolm X será reaberta

12 de fevereiro de 2020

Ministério Público de Manhattan vai investigar o caso em conjunto com organização que revisa julgamentos de pessoas condenadas injustamente

Texto: Henrique Oliveira | Edição: Redação | Imagem: Reprodução/Netflix

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Após a série documental “Quem matou Malcolm X?”, da Netflix, levantar questões sobre o assassinato do ativista antirracista, o gabinete do promotor público Cyrus R. Vance, do distrito de Manhattan, nos EUA, informou que irá reabrir a investigação do caso.

A ação será realizada em conjunto com o Project Innocence, organização sem fins lucrativos que atua na revisão de julgamentos de pessoas condenadas injustamente.

“Vance se reuniu com representantes da organização e determinou uma revisão preliminar do caso. O Ministério Público informará o gabinete a respeito de outras medidas investigativas a serem tomadas”, declarou o porta-voz do Ministério Público em Manhattan, Dany Frost.

A expectativa da filha de Malcolm X, Ilyasah Shabazz, é de que a reabertura da investigação revele a verdade sobre o assassinato. “Espero que a investigação traga clareza e transparência sobre esse ato devastador e criminoso contra a minha família e todos os seguidores devotos de um amado Malcolm. Meu pai viveu em defesa da verdade e merece de nós a mesma dedicação”, afirmou.

A morte do líder antirracista

Malcolm X foi assassinado em 21 de fevereiro de 1965 nos Estados Unidos após retornar de uma jornada religiosa pelo oriente médio. A viagem alterou o posicionamento do ativista sobre alguns aspectos, que passou a defender posturas menos radicais e deixou de advogar pelo uso da violência para a obtenção dos direitos sociais para os afro-americanos.

Em 1966, Mujahid Abdul Halim (conhecido como Talmadge Hayer e Thomas Hagan), Muhammad Abdul Aziz (conhecido como Norman 3X Butler) e Khalil Islam (conhecido como Thomas 15X Johnson) foram condenados à prisão perpétua pela morte de Malcolm.

Segundo o Project Innocence não existiam provas físicas que ligassem Muhammad Abdul Aziz e Khalil Islam ao assassinato do ativista negro. Durante anos, os dois acusados alegaram inocência.

Mujahid Abul Halim, por sua vez, sempre afirmou ter participado do assassinato e negou o envolvimento dos outros dois acusados. Khalil Islam morreu em 2009 e Muhammad Abdul Aziz, com 81 anos, está em liberdade condicional desde 1985.

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