Pela primeira vez na história, as eleições presidenciais de Senegal foram adiadas. A decisão foi tomada pelo presidente Macky Sall e endossada pelo Legislativo do país.
Inicialmente agendada para dia 25 de fevereiro, as eleições gerais de Senegal devem acontecer em 15 de dezembro, prorrogando o segundo mandato de Sall, que estava programado para terminar em 2 de abril.
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O atual presidente informou que a suspensão das eleições se deu por corrupção por parte do órgão responsável por definir a lista dos candidatos à presidência.
De acordo com a Al Jazeera, agência estatal do Qatar, líderes da oposição condenaram o adiamento, que foi definido como um “golpe institucional” e um ataque à democracia. O anúncio foi feito às vésperas do início das campanhas eleitorais.
Do total de 165 parlamentares, 105 votaram a favor da decisão. Pelo menos três dos 20 candidatos à presidência apresentaram contestações legais ao atraso previstas na Constituição.
A votação no Plenário aconteceu sob protestos generalizados nas ruas de Dakar, capital do país, o que acarretou na suspensão temporária do acesso à internet móvel no país.
A medida tornou-se uma resposta comum para coibir a mobilização e comunicação. Segundo o Ministério das Telecomunicações, a suspensão da internet foi necessária para evitar a divulgação de “mensagens de ódio e subversiva nas redes sociais”. O acesso estava bloqueado desde a madrugada de segunda-feira e foi restabelecido nesta quarta-feira (6).