No domingo (24), o tribunal constitucional de N’Djamena disse que os seus pedidos foram rejeitados por “irregularidades”. Eles prometeram, durante coletiva de imprensa, “revidar” e impedir que o atual presidente, o general Mahamat Idriss Déby Itno, leve o país a uma “ditadura”.
Denunciando o que classificou de “razões falaciosas” do tribunal, um dos candidatos barrados leu durante a manifestação uma declaração assinada pelos outros manifestantes apelando à mobilização do povo e à utilização de todos os meios legais “para salvar o país da ditadura”.
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O protesto ocorre um mês após a morte a tiros do principal rival político do atual presidente, Yaya Dillo, baleado em um ataque do Exército chadiano à sede de seu partido, o Partido Socialista Sem Fronteiras (PSF). O substituto de Dillo, Nassour Ibrahim Koursami, estava no protesto entre os candidatos barrados, ao lado do proeminente oponente Rakhis Ahmat Saleh.
O general Déby está entre os dez candidatos que o conselho permitiu concorrer. Ele foi proclamado presidente por uma junta de generais em 2021, após a morte de seu pai, Idriss Déby Itno, que governou o país do Sahel durante mais de três décadas.
Segundo a agência AFP, analistas políticos, diplomatas e figuras da oposição concordam que os outros candidatos aprovados foram nomeados para dar um aspecto pluralista ao escrutínio ou não tiveram apoio político e poucas possibilidades de vitória.
A Human Rights Watch (HRW) pediu por uma investigação independente sobre o assassinato de Yaya Dillo, argumentando que o ataque do Exército “levanta sérias preocupações sobre o ambiente nas eleições marcadas para maio”.
*Com informações da agência AFP