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Cultura guarani é tema de exposição que combate apagamento da história indígena em SP

Museu das Culturas Indígenas procurou lideranças para transmitir resistência vivenciada pelos povos originários
O Museu das Culturas Indígenas está com a exposição "Hendu Porã’rã, Escutar com o Corpo" aberta em São Paulo.

Foto: Divulgação/Governo de São Paulo

2 de janeiro de 2024

O Museu das Culturas Indígenas está com a exposição “Hendu Porã’rã, Escutar com o Corpo” aberta em São Paulo desde o dia 22 de dezembro. A mostra pretende ensinar mais sobre o modo de viver do povo Guarani através da exibição de desenhos, vídeos, fotografias, documentos e objetos que traduzem a cultura dessa população.

A expressão “hendu porã’rã” é usada pelo povo Guarani para descrever a prática de “escutar com o corpo”. A exposição propõe transmitir ao público uma reflexão aprofundada, ensinando a forma guarani de assimilar o que acontece no mundo através do corpo, permitindo assim, um maior entendimento e compreensão do entorno.

O projeto também visa combater a discriminação e o apagamento da trajetória de resistência dos moradores das Tekoás do Jaraguá (SP) e do povo Guarani que sofrem com as interferências da sociedade.

Para isso, o processo de desenvolvimento da exposição contou com encontros e conversas com a comunidade e lideranças de diferentes territórios, além de identificar as questões mais relevantes a serem abordadas pelos curadores Sandra Benites, Márcio Vera Mirim, Sônia Ara Mirim e Tamikuã Txihi.

Para os especialistas, quando a sociedade de fato entender, compreender e escutar com o corpo, ela vai saber a importância da luta e da resistência das populações indígenas em geral, como a luta de todos os Guarani. 

“Construímos uma proposta para mostrar à sociedade Juruá (não indígena) que não estamos discutindo somente a questão da demarcação territorial de moradia, mas são questões maiores que lidam com os princípios da nossa vida”, declararam em nota do museu.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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