Repetindo a dose de autenticidade e frescor do ineditismo, o Festival AFROMUSIC realiza a segunda edição com shows de artistas e bandas pretas que estão alavancando a nova cena independente, além de uma série de entrevistas que irão refletir sobre temas ligados à música e sociedade. Totalmente gravadaa no Teatro de Contêiner, no centro de São Paulo, as atrações vão ao ar nesta sexta (9), sábado (10) e domingo (11), sempre a partir das 19h, gratuitamente no no YouTube.
Viajando pelos ritmos tradicionais, contemporâneos e futuristas, Jup do Bairro, Gê de Lima, Izzy Gordon, Renato Gama, Biel Lima e Fabriccio são alguns dos convidados que destacaram repertório autoral em suas próprias linguagens. O grupo Mental Abstrato, por sua vez, realiza um feat inédito com a rapper baiana Mana Bella, que nesta versão funde suas rimas aos beats e células rítmicas consagradas do jazz atual. Já a Banda Nova Malandragem, que celebra o samba-rock clássico em composições instrumentais, convida o ilustre e experiente trompetista Walmir Gil.
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Fechando a agenda, Ballet Afro Koteban faz um resgate ancestral com o espetáculo que mescla som e dança a partir de uma pesquisa aprofundada da cultura Malinkê, do oeste da África.
No ano em que o carnaval foi cancelado em todo o país, em virtude da pandemia da Covid-19, o Bloco Afro Afirmativo Ilu Inã, acostumado às ruas de São Paulo, oferece ao público seu novo “MacumBrass”.
Emparelhado aos shows, compõem a programação 10 pílulas de conteúdo sobre a construção do DNA musical afro-brasileiro. Nomes como o do multiartista Salloma Salomão, da pesquisadora Danielle Almeida, dos cantores e compositores Marina Afares e Aloysio Letra estão confirmados.
Música tem Cor
A deputada estadual Erica Malunguinho (PSOL-SP) abre o Festival discorrendo sobre o tema que orientou a construção desta edição: “Música tem Cor”. “Estamos no país mais preto fora da África e é fato que a população preta e originária do Brasil inscreveu expressões vitais em nossa identidade até os dias atuais”, reflete Hever Alvz, idealizador e curador do festival.
“O AFROMUSIC #2 é um convite para conhecer um universo que enaltece a música preta brasileira e mostra com quantos tons é feito um encontro que fortalece a herança e a imensa criatividade do povo preto”, complementa.
Totalmente online e gratuita, essa é uma iniciativa para romper com as fronteiras da cidade e brindar o público com a arte que, mais do que nunca, tem sido um alento frente ao conturbado contexto de isolamento social.
Assinando o registro e a montagem audiovisual, Joyce Prado, da Oxalá Filmes. A apresentação é da jornalista Nayara de Deus. A realização fica a cargo do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
Criado em 2017, o Festival AFROMUSIC amplificou o protagonismo preto no cenário musical em São Paulo, sendo um dos primeiros festivais da cena paulistana pensando uma programação exclusivamente formada por artistas, bandas e coletivos pretos da música independente. Na época, entres os destaques estiveram a recém chegada às terras paulistanas Luedji Luna, os artistas Anna Tréa, Senzala Hi-Tech, Ilu Inã e outros.
Serviço:
Quando: 09, 10 e 11 de Abril de 2021, sempre a partir das 19h.
Onde: Transmissão pelo canal Universo Afromusic no YouTube, gratuitamente.
Confira a programação no Instagram oficial do evento.