Entre os dias 21, 22 e 23 de setembro aconteceu em Recife, no Cais do Sertão, o FALA!, festival de comunicação, cultura e jornalismo de causas. Com um resultado impactante, os organizadores do evento confirmaram a 5ª edição do festival. O local e a data de realização do evento ainda serão divulgados.

Com quase 800 inscrições, o festival conseguiu conectar a música local, a cultura e o jornalismo com diversos públicos de Recife. Elaine Silva, uma das organizadoras do evento, fala sobre a importância dessa conexão. 

“A gente monta o escopo do festival pensando muito em como a gente pode envolver as pessoas que estão mediando com o público que está nos assistindo. Por isso que há esse misto de participação entre quem medeia, quem participa das mesas e o público. Então esse festival foi pensado justamente para que as pessoas possam participar, para que grupos de dança, teatro, a comunicação, como um todo, possam ser envolvidos e não somente o jornalismo”, afirma Silva.

Além da diversidade de público, o evento conseguiu atingir comunidades do interior de Recife, de onde estudantes viajaram por horas para presenciar um festival de jornalismo de causas de forma acessível. Pedro Borges, também organizador do evento, fala sobre a necessidade de garantir acesso à informação. 

“Acho que a gente precisa trabalhar cada vez mais para que as pessoas tenham acesso a uma informação de qualidade. Muitas vezes reclamamos o direito à saúde, que é muito precário, o direito à segurança pública, o direito à educação. Mas a gente precisa sinalizar que o direito que a gente tem hoje à informação e o direito à comunicação são direitos que não entregam aquilo que as pessoas merecem”, declara Borges.

Festival provoca ideias e discussões, diz organizador

O festival FALA! é uma realização do Instituto FALA, fundado neste ano com o objetivo de discutir o jornalismo de causa não apenas durante os dias do evento. 

“O festival é um provocador de ideias, ele é um provocador de discussões, é um provocador nato. Só que essas provocações que acontecem no festival, elas têm que sempre ser trabalhadas durante o ano. Porque senão fica só na provocação pela provocação e não tem desenvolvimento disso. Então por isso a gente criou o Instituto FALA, porque dentro do instituto a gente cria ações para trabalhar essas provocações que são construídas dentro do festival”, afirma Antônio Junião, um dos organizadores do evento. 

Durante a edição deste ano do festival, foram chamados para a roda de conversa todos os ganhadores de um edital realizado em Salvador para apresentar projetos sociais e falar sobre a importância do evento para as comunidades. Com um resultado visto como positivo pelos organizadores, o instituto confirmou, além de uma nova edição do festival, o lançamento de mais um edital focado em projetos das comunidades de Recife. Os detalhes sobre o novo edital serão divulgados oficialmente nas redes do instituto.