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‘Semana Respeita Nosso Sagrado’: Lideranças de religiões afro debatem racismo e preconceito religioso

17 de novembro de 2020

Bate-papo online acontece na quarta-feira (18), a partir das 19h, no YouTube, e reúne Yá Meninazinha de Oxum e Babá Adailton

Texto: Redação | Edição: Nataly Simões | Imagem: Elisângela Leite/Quiprocó Filmes

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Yá Meninazinha de Oxum e Babá Adailton de Ogum participam nesta quarta-feira (18), às 19h, da live “A trajetória da campanha Liberte O Nosso Sagrado”, mediada pelo diretor Jorge Santana, do documentário “Nosso Sagrado”, no canal da Quiprocó Filmes no YouTube

A iniciativa faz parte da “Semana Respeita Nosso Sagrado”, realizada em comemoração ao Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, e que reúne lideranças religiosas para falar sobre a luta contra o racismo e o preconceito religioso, a liberdade religiosa, memória e identidade das religiões de matriz africana, além do lançamento do vídeo sobre o processo de assinatura do termo de cessão e a transferência dos objetos sagrados do Museu da Polícia Civil para o Museu da República.

As lideranças também vão contar o desenrolar da história da coleção que ainda leva o nome “Museu Magia Negra”, e o processo para libertar mais de 500 objetos sagrados que estavam há mais de 100 anos no antigo DOPS do Rio de Janeiro.

O acervo trata-se hoje de 523 peças. O seu primeiro conjunto reunia 126 peças que, em 1938, foram tombadas pelo então Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-SPHAN, atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), constituindo o primeiro tombamento etnográfico do país inscrito no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.

Em 2020, a transferência desses objetos para o Museu da República foi acordada entre a Secretaria de Estado da Polícia Civil, o Museu da Polícia do Rio de Janeiro, o Instituto Brasileiro de Museus e o Museu da República, com amplo apoio do povo do terreiro, do Instituto Ibirapitanga, artistas e intelectuais engajados na campanha “Liberte Nosso Sagrado”, formalizada em 2017 para reivindicar a retirada desse acervo do Museu da Polícia Civil.

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