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Mostra de cinemas negros tem edição online com filmes gratuitos

1 de setembro de 2020

Com o tema “Árvores ancestrais – tempo e cura”, terceira edição do evento acontece entre 30 de setembro e 9 de outubro
 
Texto: Guilherme Soares Dias | Edição: Nataly Simões | Imagem: Divulgação
 
A Mostra Itinerante de Cinemas Negros Mahomed Bamba (MIMB) está de volta com a exibição de 15 obras de cineastas negras/negros de diversos países, além da realização de oficinas e espaços de debate sobre a produção negra no cinema. A terceira edição da mostra será totalmente virtual, em razão da pandemia. A exibição dos filmes acontece por meio de uma parceria com a Videocamp.
 
Com o tema “Árvores ancestrais – tempo e cura”, a edição acontecerá entre 30 de setembro e 9 de outubro. “A ‘árvore’ tem uma simbologia sagrada para a ancestralidade negra. Suas ‘raízes’ fazem analogia à origem, o tronco simboliza a resistência e os frutos a continuidade dos nossos. Suas ‘folhas’ remontam uma conexão com os saberes ancestrais de cura tão necessários para este momento”, reflete Kinda Rodrigues, uma das coordenadoras da MIMB. 
 
As duas primeiras edições da MIMB circularam por 15 bairros de Salvador, com um arquivo de mais de 150 filmes. No contexto da pandemia, as coordenadoras da mostra Daiane Rosário, Kinda Rodrigues, Loiá Fernandes, Naymare Azevedo, Taís Amordivino e Julia Morais se defrontaram com o desafio de adaptar a proposta de um cinema que corria trecho nas ruas e bairros periféricos de Salvador para uma versão totalmente online. “Nos perguntamos e agora? Como vamos seguir cumprindo nosso papel de popularizar o acesso à produção audiovisual sem poder fazer o cinema na rua? Foi aí que surgiu a idéia do Impulso Cultural”, relata Daiane.
 
O impulso cultural vai selecionar oito curta-metragens de 1 minuto, realizados por jovens negras/negros e periféricos de todo o Brasil. O objetivo é fomentar a produção audiovisual da juventude negra brasileira, com inscrições de 31 de agosto a 22 de setembro de 2020, será precedido de uma oficina de realização audiovisual com dispositivos móveis, que acontecerá ainda em setembro/outubro. “Queremos dialogar com a criatividade destes e destas jovens, a partir do equipamento que eles e elas tiverem. Não vamos exigir qualidade técnica, pois sabemos que o acesso às tecnologias é desigual. Nosso olhar será voltado para a linguagem, a narrativa, a imaginação da juventude neste contexto de pandemia”, explica Daiane. 
 
Para saber mais sobre a Mostra Itinerante de Cinema Negro – Mahomed Bamba, acesse a página da mostra no Facebook ou no Instagram.
 

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