Um júri popular será responsável pelo julgamento dos acusados de matar o congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, de 24 anos, em um quiosque da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, em 2022. Os réus estão presos preventivamente desde o crime por determinação da 1ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.
O julgamento de Fabio Pirineus da Silva, Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca e Brendon Alexander Luiz da Silva ainda não tem data para acontecer. Os réus vão responder por homicídio doloso triplamente qualificado. Para a Justiça, os agravantes do crime foram o motivo fútil, o meio cruel e a impossibilidade de defesa da vítima. Eles permanecem detidos até a decisão para garantir a integridade física e psicológica das testemunhas do caso.
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Moïse trabalhava como cozinheiro de um quiosque do posto oito, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, ele foi cobrar uma dívida de Brendon, dono do estabelecimento que prestou serviços sem receber. Ele foi derrubado pelo homem que deu início às agressões.
O congolês, mesmo sem reagir, foi amarrado e espancado com um taco de beisebol, socos e chutes. O linchamento de Moïse envolveu dezenas de pessoas tanto por agressão como por omissão de socorro. Sua morte também é marcada pela exploração das relações de trabalho e do não cumprimento das leis trabalhistas no Brasil, principalmente após a reforma de 2017, no governo do ex-presidente brasileiro, Michel Temer (MDB).