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Adolescente negro perde batalha judicial por uso de penteado em escola nos EUA

Escola alega que o cabelo do estudante Darryl George, de 18 anos, viola os códigos de vestimenta da instituição
A imagem mostra o adolescente negroDarryl George e a sua mãe, Darresha, à porta da Barbers Hill High School em Mont Belvieu, Texas.

Foto: Reprodução

23 de fevereiro de 2024

Na quinta-feira (22), um adolescente negro perdeu uma batalha judicial contra uma escola por causa do estilo de seu cabelo. Darryl George, 18 anos, enfrenta medidas disciplinares desde agosto na Barbers Hill High School, nos arredores de Houston, por usar locs, um penteado comumente associado à sua cultura.

A escola alega que o cabelo de George viola o código de vestimenta, pois seu comprimento ultrapassa os limites especificados. No entanto, seus advogados argumentam que o penteado está protegido pela Lei Texas CROWN, que proíbe a discriminação com base na textura ou estilo de cabelo historicamente associados à raça.

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Apesar disso, o juiz Chap Cain decidiu que a política da escola não viola essa lei, afirmando que ela não torna ilegais as restrições de comprimento de cabelo para estudantes do sexo masculino.

Para George, o penteado é uma expressão de suas raízes e identidade cultural. “Comecei meus dreads por um motivo, apenas para me sentir mais próximo do meu povo”, disse o adolescente negro, segundo nota da Agence France-Presse. Sua família pretende apelar da decisão em um tribunal federal, enquanto a escola nega qualquer discriminação.

A porta-voz da família, Candice Matthews, compartilhou a frustração de George, que deixou o tribunal aos prantos, questionando por que seu cabelo estava sendo motivo de tantos problemas.


“Darryl fez esta declaração e me disse isso diretamente com lágrimas nos olhos: ‘Tudo por causa do meu cabelo? Não consigo estudar por causa do cabelo? Não posso estar perto de outros colegas e aproveitar meu primeiro ano, por causa do meu cabelo?'”, disse Matthews.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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