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Analfabetismo no Brasil é 3 vezes maior entre negros, mostra IBGE

Apesar do estudo apresentar uma redução na cifra, o acesso à educação ainda enfrenta desigualdades
Thiago Gadelha

Foto: Thiago Gadelha

3 de abril de 2024

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), mostram que, em 2023, o Brasil tinha 9,3 milhões de pessoas analfabetas com 15 anos ou mais (5,4%). Em relação a 2022, houve uma redução de 0,2 ponto percentual do número. 

Isto quer dizer que pouco mais de 232 mil brasileiros passaram a saber ler e escrever no último ano. Dessas pessoas, 54,7% (5,1 milhões) viviam na região Nordeste e 22,8% (2,1 milhões de pessoas) no Sudeste.

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O estudo conduzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado pelo Portal Verdade, também evidenciou que, embora o analfabetismo esteja em queda, o acesso à educação ainda enfrenta desigualdades.

Em 2023, enquanto o analfabetismo atingia 2,3% de pessoas brancas com 15 anos ou mais, entre negros, o percentual chegou a 7,1%, cifra três vezes maior No grupo etário de 60 anos ou mais, a taxa de analfabetismo de brancos foi de 8,6%, mas chegou a 22,7% entre negros no mesmo período

No total, com base no estudo, em 2023, existiam aproximadamente 5,2 milhões de idosos analfabetos em todo território nacional (15,4%). Entre jovens (com 15 a 18 anos), a falta de escolarização cai para 5,4%. Ou seja, a faixa etária também impacta no acesso à educação.

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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