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Capitão da PM e ex-diretor de presídio é acusado de omissão em caso de tortura

Segundo o Ministério Público, o capitão da PM Cláudio José Delmondes soube da tortura e não tomou as devidas providências; outras cinco pessoas foram denunciadas por envolvimento no crime
A imagem mostra o corredor de uma unidade prisional.

Foto: Vanderlei Almeida / AFP

2 de agosto de 2024

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou o capitão da Polícia Militar e ex-diretor do Conjunto Penal de Brumado, Cláudio José Delmondes Danda, acusado de omissão em episódio de tortura contra um detento dentro da unidade. A diretora adjunta Carol Souza Amorim e mais quatro servidores públicos foram indiciados por participação no crime.

Segundo as investigações deflagradas pelos grupos de atuação especial de Execução Penal (Gaep) e de Segurança Pública (Geosp), a vítima foi submetida a “intenso sofrimento físico, como forma de lhe aplicar castigo pessoal”. 

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O caso ocorreu em outubro de 2023 e teve a participação direta de policiais penais. Jamerson Evangelista dos Santos, Jaime Ferreira Santos Júnior e Paulo Sérgio Brito da Silva teriam atingido a vítima com um disparo de bala de borracha na perna e spray de gengibre em seu rosto. Os envolvidos ainda golpearam o preso algemado com chutes, cotoveladas e pontapés.

Mesmo sangrando, o interno só recebeu atendimento médico um dia depois do ocorrido. O exame médico-legal foi realizado cerca de quatro meses após as agressões, no dia 5 de fevereiro de 2024, por intermediação do Ministério Público.

Na denúncia do MPBA, os promotores ressaltaram que o caso chegou ao conhecimento do então diretor da unidade, Cláudio Delmondes, e da diretora adjunta Carol Amorim, no mesmo mês em que aconteceu. Porém, ambos teriam agido de forma omissa, sem adotar nenhum tipo de providência para a apuração. 

O supervisor operacional do conjunto penal, Alex Santos Ângelo, também foi denunciado pelo crime de tortura. De acordo com o órgão, Ângelo presenciou o acontecimento e não o registrou no livro de ocorrências, tendo marcado apenas a transferência de cela do detento.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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