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Casos de racismo aumentam quase 40% no Distrito Federal

Crimes de injúria racial também tiveram alta; para a Polícia Civil, o fortalecimento de políticas públicas e o incentivo às denúncias favoreceram o aumento dos registros
Agente do Decrin faz atendimento na delegacia especializada.

Foto: Agência Brasília

9 de abril de 2024

Entre 2022 e 2023, os casos de injúria racial no Distrito Federal (DF) cresceram 12,1%, enquanto os casos de racismo aumentaram 39,2%. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Segundo a série Retratos Sociais, uma análise divulgada em 2023 pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), 57,3% das pessoas que vivem na região se autodeclaram como negras.

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A pesquisa ressalta que o avanço do último ano não é isolado. Entre 2021 e 2022, o crescimento nos casos de racismo na capital do país foi de 75% e de injúria, 10%. 

A situação é semelhante em nível nacional. Ainda conforme informações da SSP, o Plano Piloto, uma das 35 regiões administrativas do Distrito Federal, é a região administrativa com maior número de casos de racismo e injúria racial.

De acordo com o 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, entre 2021 e 2022, os casos de racismo na região aumentaram 29,9%, enquanto as denúncias de injúria racial cresceram 35% no mesmo período.

Para a Polícia Civil, o fortalecimento de políticas públicas e o incentivo às denúncias favoreceram o aumento dos registros para a devida investigação e punição dos casos, informou a Agência Brasília.

No Distrito Federal e em outras regiões do Brasil, a Delegacia Especializada de Investigação de Crimes de Racismo, Xenofobia, LGBTFobia e Intolerâncias Correlatas (Decrin) é um dos locais de acolhimento das vítimas deste crime. 

Os relatos registrados colaboram para que o governo estabeleça políticas públicas de combate ao racismo, por isso é importante que as vítimas procurem os canais de denúncia, seja pelo telefone 197 ou presencialmente na Decrin. 

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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