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Congressistas criam bancada negra na Câmara para fortalecer luta antirracista

“A luta contra o racismo é a pauta que unifica os diferentes”, pontuou a deputada estadual Dandara Tonantzin

A imagem mostra os parlamentares reunidos em pé, posando para a fotografia em celebrando a criação da bancada negra.

25 de agosto de 2023

Diante dos diversos ataques à população negra e o alto índice de desigualdade no Brasil, uma comitiva de parlamentares que são parte da delegação que vai acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Angola, na África, decidiram criar uma bancada negra na Câmara dos Deputados para fortalecer a luta antirracista em espaços de poder. 

Promovida pela deputada federal Dandara Tonantzin (PT-MG), a decisão foi tomada na quarta-feira (22), quando os deputados Damião Feliciano (União Brasil-PB), Antônio Brito (PSD-BA), Vicentinho (PT-SP), Reginete Bispo (PT-RS), Carol Dartora (PT-PR), Leonardo Monteiro (PT-MG), Talíria Petrone (PSOL-RJ), Dr Francisco (PT-PI) e Orlando Silva (PCdoB-SP) se reuniram em Brasília para agilizar a aprovação de pautas sobre direitos para a população negra.

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“É a primeira vez que teremos uma coalização negra formada por parlamentares de partidos políticos de espectros tão distintos atuar com centralidade na construção de uma agenda de direitos para o povo preto. A luta contra o racismo é a pauta que unifica os diferentes”, disse Dandara em nota à Alma Preta.

Recentemente, uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudos Raciais do Insper, a pedido da Fundação Lemann, revelou que mulheres e negros na política reduzem a corrupção e aumentam os projetos de inclusão.

Segundo o levantamento, que analisou 95 estudos nacionais e internacionais sobre diversidade de gênero e raça na política e no mercado de trabalho, lideranças públicas femininas têm até 35% menos chances de se envolver em casos de corrupção em comparação às masculinas. Além disso, líderes negros propõem três vezes mais projetos de lei e políticas públicas dedicadas à inclusão do que os não negros.

A apuração revelou ainda que a eleição de prefeitos negros em municípios brasileiros possui “efeito positivo na educação (aumento no número de estudantes do ensino médio que se inscrevem no ENEM) e na representatividade política ao nível local (aumento na proporção de candidatos autodeclarados negros concorrendo ao cargo de Deputado Estadual no município)”.

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