A Revista Ciência & Saúde Coletiva lançou sua edição de março, dedicada à discussão sobre a Saúde da População Negra. Este espaço científico aborda questões essenciais, debates e pesquisas relacionadas à saúde, oferecendo uma plataforma para apresentação de novas ideias e controvérsias na área que auxiliem no enfrentamento ao racismo na área da saúde.
Segundo a publicação, o objetivo desta edição é proporcionar uma profunda reflexão sobre Saúde e Racismo, destacando as iniquidades étnico-raciais em saúde por meio da contribuição de pesquisadores negros, negras e não negros. Os autores enfatizam a importância da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) no Sistema Único de Saúde (SUS) e a necessidade de redes de colaboração ao nível nacional e internacional.
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O dossiê, elaborado com o apoio do Grupo Temático Racismo e Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e financiado pelo Instituto Ibirapitanga, inclui cinco estudos com a participação direta de pesquisadores do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA). Esses trabalhos oferecem uma visão ampla dos desafios enfrentados pela população negra no acesso à saúde, desde aspectos epidemiológicos até as consequências do racismo estrutural.
Entre os destaques desta edição, o estudo “Associação entre iniquidades raciais e condição de saúde bucal: revisão sistemática” revela uma condição desfavorável de saúde bucal entre indivíduos negros, evidenciando uma maior prevalência de perda dentária, cáries e periodontite.
Outro destaque é a pesquisa “Àgô Sankofa: um olhar sobre a trajetória da doença falciforme no Brasil nos últimos 20 anos”, que oferece uma análise crítica das políticas de saúde relacionadas à doença falciforme, com foco na influência do racismo institucional sobre as disparidades em saúde enfrentadas pelos afetados por essa condição.
Além disso, o artigo “Violência e vulnerabilização: o cotidiano de jovens negros e negras em periferias de duas capitais brasileiras” examina as experiências de violência simbólica e estrutural enfrentadas por jovens negros nas periferias de Recife e Fortaleza, destacando como o racismo institucional molda suas vidas e limita seu acesso a espaços sociais.
Para acessar o dossiê completo, clique aqui.