Mais de metade dos professores de educação básica (54%) reconhecem casos de discriminação racial entre estudantes. A pesquisa, realizada entre abril e maio de 2024, é uma parceria entre a Fundação Itaú e o Equidade.Info, uma iniciativa do Centro Lemann de Stanford.
O levantamento entrevistou 2.889 alunos, 373 professores e 222 gestores de 160 escolas públicas e particulares de todas as regiões do país.
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Os dados divulgados pela Folha de S. Paulo mostraram uma diferença de percepção dos professores sobre a ocorrência de racismo no ambiente escolar. Entre os docentes auto declarados brancos, 48% relatam ter visto casos de discriminação racial. Já entre os docentes negros, o número sobe para 56%.
A análise também expõe que 21% dos professores brancos disseram não saber o que fazer em casos de racismo dentro da escola, uma diferença significativa entre os docentes negros, que somam 9%.
Entre os estudantes, apenas 8% dos alunos brancos disseram que os colegas negros não são respeitados em relação ao fenótipo, já entre os estudantes negros, a mesma percepção sobe para 13%.
Em relação aos gestores entrevistados, 60,9% disseram que suas escolas fazem formação ou discussões coletivas sobre letramento racial com os professores. Além disso, a maioria (59,5%) afirmou ter acompanhamento das secretarias de educação para a implementação de ações de educação antirracista.