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Estudo: 21% dos professores brancos não sabem o que fazer em casos de racismo

Levantamento reuniu informações de 160 escolas públicas e particulares de todas as regiões do país; pesquisa é fruto de parceria entre a Fundação Itaú e o Equidade.Info
Imagem mostra alunos dentro da sala de aula com uma professora entre eles.

Foto: Sumaia Vilela / Agência Brasil

17 de setembro de 2024

Mais de metade dos professores de educação básica (54%) reconhecem casos de discriminação racial entre estudantes. A pesquisa, realizada entre abril e maio de 2024, é uma parceria entre a Fundação Itaú e o Equidade.Info, uma iniciativa do Centro Lemann de Stanford.

O levantamento entrevistou 2.889 alunos, 373 professores e 222 gestores de 160 escolas públicas e particulares de todas as regiões do país.

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Os dados divulgados pela Folha de S. Paulo mostraram uma diferença de percepção dos professores sobre a ocorrência de racismo no ambiente escolar. Entre os docentes auto declarados brancos, 48% relatam ter visto casos de discriminação racial. Já entre os docentes negros, o número sobe para 56%.

A análise também expõe que 21% dos professores brancos disseram não saber o que fazer em casos de racismo dentro da escola, uma diferença significativa entre os docentes negros, que somam 9%.

Entre os estudantes, apenas 8% dos alunos brancos disseram que os colegas negros não são respeitados em relação ao fenótipo, já entre os estudantes negros, a mesma percepção sobe para 13%.

Em relação aos gestores entrevistados, 60,9% disseram que suas escolas fazem formação ou discussões coletivas sobre letramento racial com os professores. Além disso, a maioria (59,5%) afirmou ter acompanhamento das secretarias de educação para a implementação de ações de educação antirracista.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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