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Iniciativa busca premiar projetos educacionais antirracistas no Pará

“Prêmio Educador e Educadora Antirracista - 2024” busca incentivar propostas e atividades pedagógicas que combatam o racismo nas escolas
“Prêmio Educador e Educadora Antirracista - 2024” dará R$ 10 mil reais para a proposta vencedora.

Foto: Reprodução / Pixabay

11 de maio de 2024

Para impulsionar a promoção da educação antirracista nas unidades de educação básica de ensino de Santarém (PA) e região, o Grupo de Pesquisa em Literatura, História e Cultura Africana, Afro-Brasileira, Afro-Amazônica e Quilombola (Afroliq) lançou um prêmio para celebrar projetos voltados ao combate ao racismo no cotidiano escolar.

A iniciativa é fruto de uma parceria com o Instituto de Ciências da Educação da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e é voltada para as Unidades Municipais de Educação Infantil (UMEIs) e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs).

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O chamado “Prêmio Educador e Educadora Antirracista – 2024” oferecerá R$ 10 mil ao projeto vencedor. As inscrições serão realizadas do dia 19 de agosto até 30 de setembro e podem se inscrever profissionais de educação básica das redes públicas e particulares de 21 cidades do oeste paraense. A entrega do prêmio é prevista para ocorrer no dia 20 de novembro.

A proposta também busca promover um projeto educacional permanente, que trate de temáticas étnico-raciais para além das datas comemorativas, como o “Dia da Consciência Negra”, ou em atividades isoladas e esporádicas no currículo das escolas.

O coordenador do Afroliq, Luiz Fernando de França, aponta que a iniciativa é um modo de combater o racismo institucional nas escolas. “O racismo estrutural normaliza o racismo, e por isso a educação antirracista tem que normalizar o antirracismo”, comentou em nota do MPF.

Para o procurador da República, Paulo Tarso de Moreira Oliveira, a premiação é também uma maneira de promover a educação afro-brasileira na rede de ensino. 

“É uma forma bastante interessante de promover o direito da população, o direito de estudantes de serem ensinados em relação à cultura ancestral, à educação afro-brasileira, respeitando os mandamentos que determinam que a educação afro-brasileira seja ministrada nas escolas”, comentou Paulo.

A ação conta com o apoio do Ministério Público Federal, Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), do Ministério Público do Trabalho no Pará e Amapá (MPT PA-AP), das Pró-Reitorias de Gestão Estudantil (Proges) e da Cultura, Comunidade e Extensão (Procce) da Ufopa, do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação Pública do Pará (Sintepp – subsede de Santarém), do Movimento Negro Unificado (MNU), do grupo musical Sambatuque, além da Ufopa e do Iced.

  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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