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Israel matou mais de 54 mil palestinos em Gaza até o fim de 2024

Segundo a Agência Central de Estatísticas do Estado da Palestina, a população em Gaza reduziu 6% desde o início dos ataques; 54,4% das vítimas fatais são mulheres e crianças
A imagem mostra os escombros do Centro Cultural Rashad al-Shawa, em Gaza, após bombardeio israelense em 11 de dezembro de 2024.

Foto: Omar Al Qatt/AFP

2 de janeiro de 2025

Do início da guerra com Israel, iniciada em outubro de 2023, até dezembro de 2024, mais de 54 mil pessoas foram mortas em todo o Estado da Palestina. As informações são da Agência Central de Estatísticas Palestinas (PCBS), divulgadas na terça-feira (31).

O comunicado, assinado pelo presidente do órgão ligado ao Estado da Palestina, Dr. Ola Awad, diz que 98% dos óbitos foram registrados na Faixa de Gaza em todo o período. 

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O número representa uma redução de 6% da população palestina no território e é apontado como o maior na história dos conflitos árabes-israelenses.

Segundo o Ministério da Saúde palestino, mulheres e crianças representam cerca de 54,4% dos óbitos, somando, respectivamente, 17,6 mil e 12,5 mil mortes. Ainda há cerca de 11 mil pessoas desaparecidas e 106,9 mil feridos. 

Na Cisjordânia, país a 93km de Gaza, 835 cidadãos foram mortos e 6.450 feridos nos ataques de colonos e das forças de ocupação israelenses.

“As cidades foram reduzidas a escombros, e as bombas deixaram marcas de destruição em casas, muros, memórias e na própria história. Bairros inteiros desapareceram, e famílias inteiras foram apagadas dos registros civis. As perdas humanas e materiais são catastróficas, mas essa agressão continua em toda Gaza. A Cisjordânia também não foi poupada, enfrentando prisões, invasões, fechamentos e restrições de movimento impostos pelas forças israelenses”, diz o presidente em trecho do documento.

Comissário da ONU denuncia novo ataque israelense

Em nota publicada no X (antigo Twitter) nesta quinta-feira (2), a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA) informou que novos focos de conflitos foram registrados no 1ª dia de janeiro.

De acordo com o comissário-geral da entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), ataques foram registrados na zona humanitária de Al-Mawasi, no sul Faixa de Gaza.

“Nenhum lugar tem sido seguro, ninguém tem estado seguro desde que a guerra começou em outubro de 2023. À medida que o ano começa, recebemos relatos de mais um ataque em Al Mawasi, com coleções de mortos e feridos . Mais um lembrete de que não há nenhuma zona humanitária, muito menos uma “zona segura. Chega de enganos e mortes de civis”, diz a tradução do comunicado. 

Segundo a agência de notícias AFP, informações da Defesa Civil do território palestino indicam que, até o momento, 11 pessoas foram vitimadas pela recente investida das tropas israelenses no local, incluindo três crianças e duas mulheres. Outros 15 palestinos foram feridos.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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