Do início da guerra com Israel, iniciada em outubro de 2023, até dezembro de 2024, mais de 54 mil pessoas foram mortas em todo o Estado da Palestina. As informações são da Agência Central de Estatísticas Palestinas (PCBS), divulgadas na terça-feira (31).
O comunicado, assinado pelo presidente do órgão ligado ao Estado da Palestina, Dr. Ola Awad, diz que 98% dos óbitos foram registrados na Faixa de Gaza em todo o período.
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O número representa uma redução de 6% da população palestina no território e é apontado como o maior na história dos conflitos árabes-israelenses.
Segundo o Ministério da Saúde palestino, mulheres e crianças representam cerca de 54,4% dos óbitos, somando, respectivamente, 17,6 mil e 12,5 mil mortes. Ainda há cerca de 11 mil pessoas desaparecidas e 106,9 mil feridos.
Na Cisjordânia, país a 93km de Gaza, 835 cidadãos foram mortos e 6.450 feridos nos ataques de colonos e das forças de ocupação israelenses.
“As cidades foram reduzidas a escombros, e as bombas deixaram marcas de destruição em casas, muros, memórias e na própria história. Bairros inteiros desapareceram, e famílias inteiras foram apagadas dos registros civis. As perdas humanas e materiais são catastróficas, mas essa agressão continua em toda Gaza. A Cisjordânia também não foi poupada, enfrentando prisões, invasões, fechamentos e restrições de movimento impostos pelas forças israelenses”, diz o presidente em trecho do documento.
Comissário da ONU denuncia novo ataque israelense
Em nota publicada no X (antigo Twitter) nesta quinta-feira (2), a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA) informou que novos focos de conflitos foram registrados no 1ª dia de janeiro.
De acordo com o comissário-geral da entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), ataques foram registrados na zona humanitária de Al-Mawasi, no sul Faixa de Gaza.
“Nenhum lugar tem sido seguro, ninguém tem estado seguro desde que a guerra começou em outubro de 2023. À medida que o ano começa, recebemos relatos de mais um ataque em Al Mawasi, com coleções de mortos e feridos . Mais um lembrete de que não há nenhuma zona humanitária, muito menos uma “zona segura. Chega de enganos e mortes de civis”, diz a tradução do comunicado.
Segundo a agência de notícias AFP, informações da Defesa Civil do território palestino indicam que, até o momento, 11 pessoas foram vitimadas pela recente investida das tropas israelenses no local, incluindo três crianças e duas mulheres. Outros 15 palestinos foram feridos.