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MG: terreiro de umbanda é reconhecido pelo governo do estado

Ao longo de nove anos de existência, o espaço se tornou um ponto de cultura da comunidade e debates sobre a importância da religião no território
A imagem mostra um homem negro em um rito de umbanda no terreiro Nossa Senhora da Conceição que foi reconhecido pelo governo de Minas Gerais como espaço de preservação de tradições de matriz africana.

A imagem mostra um homem negro em um rito de umbanda no terreiro Nossa Senhora da Conceição que foi reconhecido pelo governo de Minas Gerais como espaço de preservação de tradições de matriz africana.

— Divulgação

17 de abril de 2024

Com nove anos de atuação em Poços de Caldas, Minas Gerais, o Terreiro de Umbanda Nossa Senhora da Conceição foi reconhecido como espaço tradicional dedicado à prática do culto de umbanda e à preservação das tradições dos povos de terreiros e afro-brasileiras pelo estado. Em celebração ao reconhecimento, o templo vai promover uma roda de diálogo sobre infâncias no festival Erê Convida entre os dias 24 e 26 de maio. 

A condecoração foi concedida por meio do edital estadual Lei Paulo Gustavo nº11/2023, da Secretaria de Turismo e Cultura, e destaca o papel do terreiro na manutenção e difusão das tradições ancestrais e a riqueza cultural e histórica da região.

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O terreiro se destaca não apenas como um local de culto à ancestralidade, mas também como um espaço aberto à comunidade, promoção de atividades culturais e educativas que buscam enriquecer todo o território, além de promover o diálogo com a sociedade sobre a cultura e o respeito religioso.

Para Fernanda Gonçalves Lourenço, mãe de santo e zeladora da casa, a premiação é um presente que simboliza o reconhecimento que as tradições dos povos de terreiros estão alcançando, através do constante esforço pela manutenção dos cultos tradicionais para a ancestralidade.

“O reconhecimento é fruto da seriedade do trabalho que realizamos sob as orientações dos orixás e entidades do terreiro, demonstrando que estamos caminhando para mostrar nossa cultura que muitas vezes é violentada pelo racismo religioso”, disse em comunicado à imprensa.

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  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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