No Mato Grosso, uma suplente de vereadora e cantora trans foi encontrada morta com requintes de crueldade no último domingo (10), em uma região de mata no município de Sinop, cerca de 503 quilômetros da capital mato-grossense.
Santrosa (PSDB), de 27 anos, foi encontrada pela Polícia Civil decapitada e com as mãos e pés amarrados. A família da vítima teria registrado seu desaparecimento no sábado anterior, quando a suplente não compareceu a um show agendado. O caso segue em investigação e ainda não há suspeitos do crime.
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Em nota de pesar oficial, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDCH) declarou que o “crime cruel” deve ser investigado pelas instâncias competentes e se solidarizou aos familiares da vítima.
“Com apenas 27 anos, a artista e ativista foi vítima de um crime cruel, que deve ser investigado pelas autoridades competentes para que seja feita a devida punição dos criminosos. Infelizmente, o Brasil é o país que mais registra mortes de pessoas trans ou não binárias no mundo, em decorrência da transfobia, há 14 anos seguidos”, diz trecho do comunicado.
O Partido da Social Democracia Brasileira, ao qual pertencia a vítima, também se manifestou sobre o caso. A nota publicada no X (antigo Twitter) e assinada pelo presidente nacional da legenda, Marconi Perillo, informa que o partido acompanhará atentamente as investigações.
“O PSDB recebeu com profunda tristeza e enorme indignação a notícia da morte da cantora Santrosa, transexual, que foi candidata a vereadora pelo PSDB em outubro, em Sinop (MT). Ela foi encontrada morta decapitada, com mãos e pés amarrados, demonstrando uma brutalidade extrema. Manifestamos toda nossa solidariedade à família, aos amigos e a todos que admiravam seu trabalho e sua luta”.
A artista concorreu ao cargo de vereadora nas eleições municipais de 2024, onde recebeu 121 votos válidos, e aguardava ser chamada como suplente a partir do próximo ano. Entre as pautas defendidas, Santrosa possuia projetos relacionados às comunidades LGBTQIAPN+ e periféricas, além do fomento à cultura.
Texto com informações do UOL