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Negros e pobres são os que mais morrem por doenças decorrentes de ondas de calor

Informação consta em estudo publicado pela UFRJ; pesquisador cita racismo ambiental
Mulher negra andando na rua durante forte onda de calor no Rio de Janeiro.

Mulher negra andando na rua durante forte onda de calor no Rio de Janeiro.

— Tomaz Silva / Agência Brasil

31 de janeiro de 2024

Um novo estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) demonstra que a população pobre e negra são as mais afetadas pelas mortes por ondas de calor.  O estudo foi realizado pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (LASA), e publicado na revista científica “Plos One”.

Com o aumento dos eventos climáticos, as ondas de calor se tornaram mais intensas e prolongadas. Isso acentua os óbitos por doenças crônicas, como pneumonia e problemas cardíacos.

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De acordo com a pesquisa, mulheres, idosos, pessoas pretas, pardas e com menores níveis educacionais representam o grupo de maior risco nesses casos.

O ensaio também sugere que as ondas de calor intensificam as desigualdades socioeconômicas do país.

Djacinto Monteiro, um dos pesquisadores do laboratório responsável pelo estudo, comentou sobre a necessidade de se pautar o racismo ambiental nas discussões climáticas.

“Esse resultado traz a importância de que, no contexto das mudanças climáticas, a gente fale sobre racismo ambiental e justiça ambiental”, comenta Djacinto em entrevista à Conexão UFRJ.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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