Na Amazônia Legal, cerca de 92% das Terras Indígenas (T.I) foram atingidas pela seca. Os dados são do levantamento realizado pelo InfoAmazônia a partir de informações obtidas pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) e entrevistas com comunidades indígenas afetadas.
Dos 388 territórios indígenas da região, 358 enfrentam a estiagem. Isso significa que nove em cada dez TIs foram afetados. No último ano o número era de 260 territórios, o que representa um aumento de 37% em 2024.
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A maioria dos locais está classificado como “seca severa”, com 192 territórios nesta situação. Outros 17 estão na categoria mais grave, rotulado como “seca extrema”. O Cemaden aponta que, no ano passado, apenas uma TI foi classificada como seca extrema.
O Amazonas é a região com maior número de T.I nesta situação, com 146 territórios. Em seguida está o Mato Grosso, com 68, e o Pará, que somou 55. O estado amazonense também abriga o Distrito Especial Indígena com o pior nível de abastecimento de água em todo o país, reunindo mais de 30 mil pessoas sem acesso a poços ou caminhões pipa
No levantamento, a organização também cita a falta de água potável para essas comunidades. Segundo indica a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), cerca de 2,8 mil aldeias localizadas na Amazônia legal não possuem estrutura para abastecimento de água.
