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OAB entrega denúncias de intolerância religiosa na Bahia à relatora da ONU

É a primeira vez que a instituição consegue internacionalizar a denúncia de violações de direitos humanos por intolerância e racismo religioso
Imagem mostra as integrantes da OAB Bahia ao lado da relatora Ashwini K.P durante visita oficial.

Imagem mostra as integrantes da OAB Bahia ao lado da relatora Ashwini K.P durante visita oficial.

— OAB-BA

13 de agosto de 2024

Um diagnóstico desenvolvido pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seção da Bahia (OAB-BA) com denúncias de intolerância religiosa foi entregue para Ashwini K.P., relatora da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre formas contemporâneas de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância.

O estudo foi produzido pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa e entregue pela presidente da comissão, Maíra Vida, durante encontro na sede da Defensoria Pública da União (DPU).

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O diagnóstico lista comunidades baianas tradicionais para abordar pontos como a violência institucional e intolerância religiosa nas relações de trabalho e nas relações acadêmicas e a ausência de regulamentação do Estatuto da Igualdade Racial e Combate à Intolerância Religiosa.

Entre as entidades mencionadas estão Ilê Axé Abassa de Ogum (Abaeté/ Salvador); Terreiro de Jarê Peji da Pedra Branca (Curupaiti/Lençóis); Ilê Axé Icimimó Aganjú Didê (Cachoeira) e Ilê Asè Airá Tolami (Dias D’Ávila).

Segundo Maíra, esta é a primeira vez que a OAB da Bahia consegue internacionalizar a denúncia de violações de direitos humanos por intolerância e racismo religiosos na Bahia. “Estou feliz e aliviada. […] Algumas pessoas que sofreram com violências narradas no relatório estavam lá e ficaram satisfeitas com o conteúdo. Esse é o papel da OAB”, destacou ao site da instituição.

Além da entrega do relatório, foram relatados episódios de racismo religioso acompanhados pela comissão, indicando a atuação da OAB-BA ao longo dos anos e apontando preocupação com a vida e integridade física de lideranças religiosas, bem como com a preservação e proteção de espaços sagrados.

A relatora Ashwini K.P. iniciou a visita oficial no Brasil no início deste mês. A especialista deve permanecer no país até o dia 16 de agosto, quando realizará uma coletiva de imprensa para encerrar sua missão.

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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