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Parada Preta prega ‘aquilombamento’ como forma de cura à comunidade negra LGBTQIAPN+

Com palestras, oficinas e entretenimento, a Parada Preta encerrou uma semana de atividades com música e discursos sobre afeto nas ruas de São Paulo
Manifestante participa da Parada Preta, no Centro de São Paulo, em 30 de junho de 2024

Foto: Marina Benini/Alma Preta

3 de julho de 2024

No domingo (30), no Centro de São Paulo, foi encerrada a 5° Parada Preta, organizada pelo coletivo AMEM, em parceria com Casa 1 e BATEKOO. O evento, sob o tema “Aquilombar é Cura”, com início em um encontro com trio elétrico na praça da República, passou pelo Teatro Municipal e foi encerrado com um palco montado no Largo do Paissandu, ao lado da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. No trio, houve apresentações de Felix Pimenta, do coletivo AMEM, e Juliana Andrade, da BATEKOO.

A Parada Preta 2024 frisou sua importância como uma plataforma de “aquilombamento”, priorizando cultura e educação para a comunidade negra e LGBTQIAPN+ no Brasil. Além dos organizadores, o evento contou com a presença de Cida Baptista, do coletivo Mães pela Diversidade, que usou o espaço para argumentar sobre a importância de apoio familiar e acolhimento em casa.

Além dela, também subiu ao trio Julia Gomes, representando a Uneafro, que esteve pela primeira vez no evento. Gomes lembrou que a vida das pessoas negras LGBTQIAPN+ não precisa ser sempre luta e que o “aquilombamento” também se faz em momentos de reunião e apreciação da cultura, como no evento. 

O tema “Aquilombar é Cura” originou diversas falas sobre afeto e respeito aos corpos LGBTQIAPN+ negros ao longo da parada. O evento não apenas celebra a diversidade e o orgulho, mas promove uma série de atividades que envolvem arte, cultura, formação, articulação e celebração, todas visando fortalecer as comunidades e fomentar discussões sobre políticas públicas, cuidados, saúde e direitos humanos.

Durante o evento, a Alma Preta conversou com um dos produtores da Parada Preta, Biel Lima, do Coletivo AMEM. “É muito importante tomarmos as ruas da cidade de São Paulo, e não só de São Paulo. E o coletivo AMEM está fazendo o esforço de colocar o povo preto LGBT na rua, para se reafirmar cada vez mais, como corpos que realmente existem e pensam”, disse o produtor em entrevista.

Lima explicou ainda que o nome de seu coletivo representa um pedido de amor à comunidade. “Precisamos pensar em políticas públicas e mais uma vez em afeto”, concluiu.

  • Marina Benini

    Jornalista pela PUC-SP e estudante de Produção Editorial pela UAM. Busca na escrita o empoderamento e aquilombamento. Apaixonada por literatura e entretenimento, luta pela representatividade no meio cultural.

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