A Secretaria da Educação do Paraná (Seed-PR) entregou, de forma simbólica, os livros “Oralidades Afro-paranaenses: fragmentos da presença negra na história do Paraná” e “Sankofa: a história dos afro-curitibanos” a quatro estudantes convidados da rede estadual.
Os estudantes representam os cerca de um milhão de alunos matriculados na rede em todo o estado. Os livros entregues passarão a integrar o acervo das escolas do Paraná a partir das próximas semanas. A iniciativa visa contribuir para a valorização da cultura negra como temática crucial para a educação.
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Segundo a entidade, a valorização da diversidade e a criação de espaços de diálogo são essenciais para construir um ambiente escolar mais inclusivo e respeitoso, contribuindo para a autoestima de estudantes negros e para a luta contra o racismo.
A obra “Oralidades Afro-paranaenses: fragmentos da presença negra na história do Paraná”, de autoria de Mel e Kandiero, narra em linguagem poética e acessível diversos fragmentos da presença negra na história do Paraná, do ponto de vista afrodescendente, a partir de seus valores e modos de viver.
“Sankofa: a história dos afro-curitibanos” é o primeiro livro da quadrinista Raphaela Corsi. A HQ retrata personagens reais da história, entre o passado e o presente: uma mulher negra livre no fim do século XIX, um soldado que não foi “voluntário” da pátria e participantes da lavação das escadarias da antiga Igreja do Rosário dos Pretos de São Benedito.
A ação aconteceu no Gabinete da Secretaria e marcou o início da distribuição de 11.032 exemplares para as 2.492 escolas estaduais do Paraná. Entre elas, estão 2.091 escolas regulares e 401 de educação especial.
“A iniciativa visa destacar e reconhecer o papel significativo dos negros na formação da identidade cultural, econômica e no desenvolvimento do Estado. A escola é fundamental para esse processo, funcionando como um vetor essencial para a disseminação de boas políticas e promoção da tolerância. Acreditamos que a educação é um instrumento para a construção de uma sociedade justa e inclusiva”, afirmou o secretário de Educação, Roni Miranda, ao portal da entidade.
Com as novas entregas, a prática pedagógica nas escolas pode ser aprimorada com metodologias ativas de ensino, como debates e rodas de conversa, de modo a promover uma participação mais dinâmica e envolvente dos alunos.
Além disso, as obras devem servir como base para projetos de pesquisa interdisciplinares de história, literatura, artes e ciências sociais. A Secretaria da Educação também planeja oferecer treinamentos específicos para ajudar os professores a abordar essas temáticas de forma crítica e contextualizada.
O impacto dos livros também deve ser ampliado por eventos culturais promovidos nas escolas, como feiras literárias e exposições artísticas, que celebraram a cultura afro-brasileira e afro-paranaense.