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Protestos em SP cobram justiça após cinco anos de tragédia em Brumadinho (MG)

Instituto que homenageia vítimas da tragédia é o responsável por organizar os atos
Imagem mostra uma visão aérea de Brumadinho em maio de 2019, data próxima ao rompimento da barragem da Vale.

Imagem mostra uma visão aérea de Brumadinho em maio de 2019, data próxima ao rompimento da barragem da Vale.

— Douglas Magno / AFP

23 de janeiro de 2024

O rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho, Minas Gerais, completa cinco anos em 25 de janeiro. Com o objetivo de chamar atenção para a tragédia, que deixou 270 mortos e provocou degradação ambiental em diversos municípios mineiros, a cidade de São Paulo se prepara para receber exposições de arte e protestos contra a impunidade dos responsáveis.

Em homenagem às vítimas, o “Ato Memória e Justiça” está agendado para quinta-feira (25), às 11h, na Avenida Paulista, na esquina com a Rua Pamplona. A iniciativa é promovida pelo Instituto Camila e Luiz Taliberti, fundado em conjunto com a Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos (Avabrum).

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Segundo o cronograma do evento, às 12h28, momento em que ocorreu o rompimento da barragem, uma sirene será acionada durante o discurso da porta-voz do instituto. Depois, às 13h28 e às 14h28, novos toques da sirene estão previstos para acontecer durante os discursos em homenagem às vítimas da tragédia ocorrida em 2019.

Na parte artística das manifestações, a exposição “Paisagens Mineradas” apresenta obras produzidas por dez mulheres artistas visuais, que tratam do tema da mineração e seus impactos na sociedade e no meio ambiente. A mostra fica em exibição até 25 de fevereiro, na Matilha Cultural, localizada no centro da capital paulista.

A exposição inclui fotografias, gravuras, esculturas, vídeos e instalações artísticas que buscam promover uma reflexão sobre a história da mineração no Brasil e seu impacto intrinsecamente prejudicial tanto para o meio ambiente quanto para as pessoas. 

Entre os artistas participantes, estão Beá Meira, Julia Pontés, o coletivo Kujỹ Ete Marytykwa’awa, Isadora Canela, Isis Medeiros, Lis Haddad, Luana Vitra, Mari de Sá, Shirley Krenak e Silvia Noronha.

Além das manifestações, o instituto pretende relançar o “Manifesto Basta de Impunidade. Justiça por Brumadinho!“, para exigir celeridade no andamento dos processos, e solicitar que todas as pessoas consideradas responsáveis sejam processadas e julgadas pelos crimes identificados nas investigações.

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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