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Quilombo no Rio de Janeiro entra para programa alimentar voltado a pequenos produtores

Os alimentos produzidos no Quilombo Dona Bilina não têm agrotóxicos e são direcionados a pessoas em situação de vulnerabilidade alimentar
Imagem mostra agricultora quilombola do programa alimentar do governo federal.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

28 de dezembro de 2023

O Programa de Aquisição de Alimentação (PAA) integrou o Quilombo Dona Bilina, localizado em Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro, aos fornecedores do projeto. O programa consiste na compra de alimentos oferecidos por pequenos produtores e os destina, gratuitamente, para pessoas em situação de vulnerabilidade alimentar e nutricional. 

Lançado em 2003, ainda no primeiro mandato de Lula, a iniciativa exige que 30% das compras públicas de produtos alimentícios sejam adquiridos de produtores e agricultores familiares

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Os alimentos produzidos no quilombo carioca não têm agrotóxicos e vão alimentar cerca de 100 famílias da região. As remessas de frutas, verduras e hortaliças produzinas no quilombo são encaixotadas e enviadas para pessoas, equipamentos públicos, cozinhas solidárias e escolas da rede pública.

O Quilombo Dona Bilina foi certificado pela Fundação Cultural Palmares em 2017 e é formado por agricultores que mantêm a tradição do cultivo sem componentes químicos, a chamada agroecologia. 

O local é um dos cinco que estão localizados no Parque Estadual da Pedra Branca, unidade de conservação criada em 1974, que ocupa bairros da Zona Oeste do Rio, que é considerada a maior floresta urbana do país.

De acordo com o governo federal, em 2023 o programa disponibilizou um orçamento de R$ 900 milhões para projetos com maior participação de mulheres, indígenas, povos e comunidades tradicionais e assentados da reforma agrária. 

  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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