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‘Racismo violento’: fotojornalista denuncia discriminação em estádio do Athletico-PR

Luís Pacca afirmou em rede social que policiais e seguranças privados testemunharam a situação, mas não prestaram ajuda
O fotojornalista Luís Pacca diz que outros colegas de profissão flagraram os torcedores racistas.

Foto: Reprodução/Matheus Roushinol / Jogada10

5 de julho de 2024

O fotojornalista negro Luís Pacca, que cobria a partida entre Athletico-PR e São Paulo no estádio Ligga Arena, no Paraná, relatou nas redes sociais ter sido alvo de “racismo violento”. Luís publicou no X (antigo Twitter) que a situação ocorreu cerca de 20 minutos após a derrota do Athletico, na noite de quarta-feira (3), pela 14ª rodada do Brasileirão. 

De acordo com informações do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, Pacca disse que acabou retirado da Ligga Arena ao tentar registrar o Boletim de Ocorrência (BO) no local. O fotojornalista decidiu, então, fazer a denúncia online. Ainda segundo o relato dele, outros colegas de profissão flagraram os torcedores racistas.

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O profissional também descreveu que os policiais militares e seguranças privados que estavam no local testemunharam a violência contra ele, mas não se manifestaram para prestar qualquer tipo de ajuda. 

“Já chorei, já briguei e agora estou carregando meu celular para ir embora daqui. Muita gente viu, entre seguranças privados e polícia militar, ninguém fez nada. Mas, eu não baixei a guarda e peitei esse monte de frustrado. Amanhã volto pra casa e sábado tem mais São Paulo”, escreveu Luís em sua conta no X. 


Em nota, enviada ao GE, o Athletico informou que abriu apuração interna para checar o ocorrido e se colocou à disposição das autoridades para futuros esclarecimentos.

“A respeito do possível caso de racismo, relatado nas redes sociais na noite de ontem, o Athletico informa que não recebeu denúncia formal sobre o mesmo. No entanto, o clube já iniciou uma apuração interna e, caso haja necessidade, estará à disposição das autoridades”, diz o informe.

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  • Caroline Nunes

    Jornalista, pós-graduada em Linguística, com MBA em Comunicação e Marketing. Candomblecista, membro da diretoria de ONG que protege mulheres caiçaras, escreve sobre violência de gênero, religiões de matriz africana e comportamento.

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