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RJ: Tenente da PM é denunciado por matar jovem; justiça aponta suspeita infundada

A 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal do MPRJ alega que Rhuan Rodrigues Pereira, de 20 anos, foi morto por motivo torpe e pede julgamento por júri popular
Rhuan Rodrigues Pereira, de 20 anos, foi morto em agosto após ser alvejado com tiros de fuzil por um tenente da PM.

Rhuan Rodrigues Pereira, de 20 anos, foi morto em agosto após ser alvejado com tiros de fuzil por um tenente da PM.

— Reprodução / PMERJ

20 de dezembro de 2024

Na quinta-feira (19), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o tenente da Polícia Militar Marcos Gabriel Silva Mendes pela execução de Rhuan Rodrigues Pereira, de 20 anos, na cidade de São Gonçalo.

O assassinato ocorreu em 19 de agosto de 2024. Segundo investigações do MPRJ, o jovem foi alvejado três vezes por tiros de fuzis enquanto tentava manobrar seu veículo em um retorno próximo à BR-101. 

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Ao ser atingido pelas costas, a vítima teve diversos órgãos vitais perfurados e faleceu após uma cirurgia de emergência, no dia seguinte ao crime.

Na época, o policial do 7º Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro (BPM-PMRJ) afirmou ter reagido a um suposto confronto iniciado pelo rapaz. A alegação foi questionada por familiares e testemunhas, que negam a existência de um conflito.

Para o MPRJ, o PM agiu com “desprezo pela vida humana”, motivados por uma suspeita infundada de que os ocupantes do carro pudessem ser criminosos. 

O órgão aponta que a viatura utilizada pelo agente estava com o giroflex e sirene desligados, o que teria impedido a vítima de perceber a abordagem.

A denúncia, ajuizada pela 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal de São Gonçalo, indica que o crime foi qualificado por motivo torpe e por utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

A promotoria solicita que a Justiça afaste o policial militar das atividades de patrulhamento nas ruas e suspensão do porte de arma, além de demandar que o julgamento do denunciado seja realizado pelo Tribunal do Júri. 

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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