O Ministério da Saúde lançou, no Rio de Janeiro, a campanha “Novembro Negro 2024: Saúde Sem Racismo”, com uma série de atividades em hospitais e institutos federais para combater o racismo e fortalecer a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN).
A campanha, promovida em parceria com a Secretaria Especializada de Atenção à Saúde (Saes), visa reforçar o princípio de equidade no Sistema Único de Saúde (SUS), assegurando que as necessidades específicas da população negra sejam respeitadas e atendidas.
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Durante a cerimônia de abertura, Cintia Nery, coordenadora do Grupo de Trabalho de Diversidade e Equidade dos Hospitais Federais, ressaltou a importância de conscientizar e engajar a população nesta pauta, lembrando que “56% da população brasileira se autodeclara preta e parda, e são esses cidadãos que frequentam nossos hospitais e para quem devemos oferecer um cuidado que considere as especificidades e condições de vida apresentadas”, disse, segundo a nota do Ministério da Saúde.
Programação destaca saúde, equidade e conscientização racial
A programação da campanha começou com a abertura da exposição “Sorriso Negro”, uma mostra fotográfica que destaca trabalhadores negros do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH), da Superintendência Estadual do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro (Sems/RJ), da Comissão de Ética do Ministério da Saúde no Estado do Rio de Janeiro (CERJ) e outros órgãos.
O hospital também promoverá, no dia 26, uma videoconferência sobre segurança do paciente e saúde da população negra. Já no Hospital Federal do Andaraí, que realiza a exposição “Heróis e Heroínas Negros” durante todo o mês, também haverá uma mesa de debate sobre ações afirmativas contra o racismo nas instituições, no dia 13.
Outras unidades federais também aderiram à campanha. No Hospital Federal de Bonsucesso, entre os dias 11 e 29, ocorre a sétima edição da exposição “Sorriso Negro” e, no dia 12, será realizada uma palestra sobre o impacto do racismo no acesso à saúde. No Hospital Federal Cardoso Fontes, a programação inclui uma mesa redonda sobre cuidados paliativos e saúde da população negra.
O Hospital Federal de Ipanema exibe a “Exposição Sorriso Negro” e realiza, no dia 13, uma palestra sobre racismo religioso e seus impactos como determinantes sociais para a saúde do povo de terreiro. No Hospital Federal da Lagoa, haverá uma palestra sobre letramento racial para a construção de um SUS antirracista, no dia 12, e, ao longo do mês, atividades de vivência sobre situações de racismo na assistência à saúde.
O Hospital Federal dos Servidores do Estado iniciou sua programação no dia 7 com um café científico sobre o avanço e os desafios na saúde da população negra frente ao racismo institucional, e, no dia 23, em parceria com o Instituto Pretos Novos (IPN), promoverá um circuito histórico de herança africana.
Além disso, no dia 27, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) sediará o II Seminário Ética na Conscientização Racial, organizado pela Comissão de Ética do Ministério da Saúde, reunindo os participantes do Novembro Negro.