Subiu para 39 o número de pessoas mortas por intervenções da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMSP) na Baixada Santista, litoral sul paulista. As informações são da Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP). Todas as mortes ocorreram em fevereiro.
A última vítima estava internada após ter sido baleada por policiais no Jardim Rio Branco, em São Vicente (SP), durante uma troca de tiros com suspeitos, e morreu na última semana.
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“Todos os casos de mortes em confronto são rigorosamente investigados pela Polícia Civil e Militar, com acompanhamento do Ministério Público e Poder Judiciário”, diz nota da SSP à Agência Brasil.
No domingo (3), houve uma visita da comitiva do Ouvidor das Polícias, Cláudio Aparecido da Silva, às comunidades onde foram registradas mortes nas operações Verão e Escudo.
Na ocasião, foram ouvidas as denúncias de violência policial na região. Estiveram presentes representantes do deputado estadual Eduardo Suplicy (PT) e da deputada estadual Ediane Maria (PSOL), do Fórum Popular Rua Baixada Santista e do PSOL de São Vicente.
Em publicação no Instagram, o vereador de São Vicente, Rui Elizeu (PSOL), se manifestou em relação aos abusos policiais cometidos durante as operações. “São muitos relatos de abuso policial e indícios de um modo de operação que impulsiona o aumento de mortes por polícias, inclusive contra trabalhadores, jovens e pessoas com necessidades especiais.”, declarou Rui em publicação.
Moradores das comunidades da Baixada Santista denunciam execuções, torturas, invasões a domicílios e abordagens truculentas da PMSP desde o início das operações, em janeiro deste ano.
As cidades da região são alvos de duas operações simultâneas. A Operação Escudo, deflagrada após a morte de um agente policial em janeiro, e a Operação Verão, que ocorre rotineiramente neste período do ano nas cidades do litoral paulista.