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Taxa de mortalidade da região Norte é a mais alta do Brasil

28 de maio de 2020

A pandemia avança em todo o país, mas na região Norte ela é mais mortal

Texto / Flávia Ribeiro | Edição / Simone Freire |Imagem Marcelo Seabra / Agência Pará

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O Brasil registra mais 400 mil casos de Covid-19, o novo coronavírus, com 25.595 óbitos, ou seja, uma taxa de mortalidade de 12,2%. No entanto, chama atenção o avanço da doença na região Norte do país, onde somados todos os sete estados, a taxa de mortalidade é de 27,3 para cada 100 mil habitantes, mais do que o dobro da taxa do país. Segundo os dados do Ministério da Saúde, são quase 87 mil casos confirmados na região, com mais de cinco mil óbitos, implicando uma taxa de incidência de 471 para cada 100 mil habitantes.

A pior situação é no Amazonas, onde a mortalidade é de 44,7. O estado registra 33.508 casos confirmados, com 1.891 óbitos e incidência de 808,5. Em seguida, vem o Pará com 31.033 casos confirmados e mortalidade de 29,6. Já são 2545 óbitos, com incidência de 360,7. Para se ter ideia, a região Sudeste é a que concentra o maior número de casos do Brasil, com 151.376, acumulando 12.068 óbitos e uma taxa de mortalidade de 13,7 para cada 100 mil habitantes, portanto a metade da região Norte.

Os números do Ministério da Saúde divergem das secretarias de saúde dos estados, que registram números ainda mais graves. No Pará, por exemplo, o boletim epidemiológico desta quarta-feira, 27, informa pouco mais de 31.671 mil casos e mais de 2.605 casos.

A precariedade no sistema de saúde pode ser uma das causas para a situação. O mapa do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNESNet), do Ministério da Saúde, sugere que apenas 8,9% da região possui as unidades de tratamento intensivo. Isto quer dizer que dos 450 municípios do Norte, apenas 40 disponibilizam o serviço para a população.

 

 

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