O Ministério da Saúde registrou 363 mortes de indígenas da etnia Yanomami ao longo de 2023. O território protegido é alvo de ações criminosas de garimpeiros ilegais que desaceleraram durante o ano, mas tiveram a sua área ampliada em 7%.
Os óbitos registrados no ano passado sinalizam um aumento de 5,8% em comparação com as mortes em 2022, durante o último ano de governo de Jair Bolsonaro (PL). As informações divulgadas pela ministra Nísia Trindade foram obtidas por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) pelo portal Poder 360.
Quer receber nossa newsletter?
Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!
No entanto, segundo a Sesai (Secretaria de Saúde Indígena), órgão vinculado à pasta, os números de 2022 e dos anos anteriores estariam “subnotificados” por “abandono” do governo anterior.
Em 20 de janeiro de 2023, o governo federal realizou uma declaração de emergência em saúde pública para combater o garimpo no território Yanomami e aumentar os cuidados com o povo originário. A ação resultou em um aumento da presença de agentes na região, levando a uma maior identificação de casos.
Naquele mesmo mês, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, admitiu que a crise humanitária no território não será resolvida imediatamente, apesar dos esforços do governo federal.
“Assim como foram décadas de invasão para chegar a este ponto, pode levar décadas para restabelecer tudo”, declarou transmissão realizada no Instagram ao lado do secretário nacional de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba.