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Território Yanomami registra 363 mortes em 2023

Apontamento ocorre em meio a emergência de saúde pública estabelecida na região
Imagem mostra um idoso de etnia Yanomami deitado em uma maca, sob cuidado de agentes da saúde.

Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

22 de fevereiro de 2024

O Ministério da Saúde registrou 363 mortes de indígenas da etnia Yanomami ao longo de 2023. O território protegido é alvo de ações criminosas de garimpeiros ilegais que desaceleraram durante o ano, mas tiveram a sua área ampliada em 7%.

Os óbitos registrados no ano passado sinalizam um aumento de 5,8% em comparação com as mortes em 2022, durante o último ano de governo de Jair Bolsonaro (PL). As informações divulgadas pela ministra Nísia Trindade foram obtidas por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) pelo portal Poder 360. 

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No entanto, segundo a Sesai (Secretaria de Saúde Indígena), órgão vinculado à pasta, os números de 2022 e dos anos anteriores estariam “subnotificados” por “abandono” do governo anterior.

Em 20 de janeiro de 2023, o governo federal realizou uma declaração de emergência em saúde pública para combater o garimpo no território Yanomami e aumentar os cuidados com o povo originário. A ação resultou em um aumento da presença de agentes na região, levando a uma maior identificação de casos.

Naquele mesmo mês, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, admitiu que a crise humanitária no território não será resolvida imediatamente, apesar dos esforços do governo federal.

“Assim como foram décadas de invasão para chegar a este ponto, pode levar décadas para restabelecer tudo”, declarou transmissão realizada no Instagram ao lado do secretário nacional de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba.

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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