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Torcedor suspeito de racismo contra fotojornalista é denunciado ao MP do Paraná

Franklin de Freitas foi xingado de “preto filho da p***” durante a partida entre Coritiba e Brusque, pela Série B do Campeonato Brasileiro
Franklin de Freitas é editor de Fotografia do jornal Bem Paraná e presidente da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do estado.

Foto: Reprodução/Geraldo Bubniak

17 de junho de 2024

Um torcedor do Coritiba foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) por injúria racial contra o fotojornalista Franklin de Freitas, editor de Fotografia do jornal Bem Paraná. A denúncia foi apresentada pela Promotoria de Justiça de Proteção aos Direitos Humanos de Curitiba na sexta-feira (14).

Franklin de Freitas, que é também presidente da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Paraná (Arfoc-PR), foi vítima de ofensas racistas enquanto trabalhava no Estádio Couto Pereira no dia 28 de abril, durante a partida entre Coritiba e Brusque, pela Série B do Campeonato Brasileiro.

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O jornalista relatou ter sido chamado de “preto filho da p***” por um torcedor durante o intervalo da partida, enquanto atravessava o gramado do estádio. Depois da violência, o torcedor se evadiu do local rapidamente, enquanto Franklin foi até a Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe) para registrar um boletim de ocorrência.

O advogado Luís Pedruco, que representa Franklin de Freitas no processo, afirmou, em nota enviada ao Observatório da Discriminação Racial no Futebol, que caberá à Justiça analisar o caso e decidir se aceita dar prosseguimento à ação. Se isso ocorrer, o suspeito de agredir Franklin verbalmente se tornará réu e poderá ser condenado à prisão por três a cinco anos, além de ter de pagar multa.

Seis testemunhas foram ouvidas pelo Ministério Público. “Agora, o juiz vai analisar os requisitos legais, ver se tudo está de acordo com a lei. Se estiver de acordo, ele aceita a denúncia, recebe a denúncia, e depois começa a instruir o processo”, explica o advogado. 

“O processo está muito bem instruído, a Demafe fez tudo certinho e agiu super rápido. Estamos acreditando que o processo vai andar rapidamente”, finaliza.

  • Caroline Nunes

    Jornalista, pós-graduada em Linguística, com MBA em Comunicação e Marketing. Candomblecista, membro da diretoria de ONG que protege mulheres caiçaras, escreve sobre violência de gênero, religiões de matriz africana e comportamento.

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