PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Tratado internacional inclui saberes indígenas no processo de patente de produtos

Acordo assinado pelo Brasil na Suíça prevê rastreio de recursos genéticos e conhecimentos tradicionais usados em novas invenções, como medicamentos ou cosméticos a base de plantas
Liderança indígena colhe “Caferana”, planta medicinal típica da Amazônia.

Foto: Ricardo Oliveira / AFP

27 de maio de 2024

Na última sexta-feira (24), o Brasil assinou o Tratado sobre Propriedade Intelectual, Recursos Genéticos e Conhecimentos Tradicionais Associados, que incorpora ao sistema de propriedade intelectual o respeito aos conhecimentos de comunidades indígenas e tradicionais.

As negociações do tratado duraram mais de duas décadas e sua assinatura ocorreu durante o encerramento da Conferência Diplomática da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), em Genebra, na Suíça.

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

Com o acordo, os solicitantes de patentes deverão divulgar a fonte dos recursos genéticos e conhecimentos tradicionais utilizados para a criação de suas invenções. São considerados recursos genéticos plantas medicinais, culturas agrícolas e até mesmo algumas espécies de animais.

Por exemplo, se em algum momento uma empresa de cosméticos criar um creme facial, com base em uma substância extraída de uma planta típica de um bioma ou baseado em conhecimento indígena, isso deverá ser publicizado e informado durante o processo de patente. 

Em nota, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) disse acreditar que o instrumento promoverá a ciência e inovação em países biodiversos, facilitando a inclusão de comunidades tradicionais na repartição dos benefícios econômicos derivados das patentes.

“O tratado é um marco no regime internacional de propriedade intelectual que traduz em ações concretas no campo econômico objetivos de proteção ambiental e promoção dos direitos humanos”, diz comunicado da pasta.

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

Leia Mais

PUBLICIDADE

Destaques

AudioVisual

Podcast

papo-preto-logo

Cotidiano