O Twitter anunciou uma competição com recompensa para pesquisadores e hackers que conseguirem corrigir o algoritmo racista e de gênero na plataforma. A iniciativa se deu depois que internautas e um grupo de pesquisadores descobriram que o sistema de corte de imagens da plataforma favorece imagens com rostos de pessoas brancas em vez de fotos com pessoas negras e imagens de mulheres em vez de homens, disse a empresa.
Depois da repercussão, a diretora de engenharia de software da empresa, Rumman Chowdhury, reconheceu o erro quando compartilhou os resultados de um experimento interno que avaliou o funcionamento do algoritmo.
Quer receber nossa newsletter?
Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!
De acordo com comunicado divulgado pelo Twitter, o objetivo da competição é identificar “potenciais danos desse algoritmo” e que “Com este desafio, pretendemos estabelecer um precedente no Twitter e na indústria para a identificação proativa e coletiva de danos algorítmicos”, acrescentou a empresa. Para o desafio, o Twitter vai compartilhar o código utilizado para o recorte de imagem na rede social.
O (a) vencedor (a) da competição vai receber uma recompensa de US$ 3.500, equivalente a R$ 18 mil em conversão direta. Os demais participantes também vão ganhar recompensas.
Em comunicado, o Twitter afirma também que esta é a “primeira competição de recompensas com tendência algorítmica da indústria”. Os vencedores serão anunciados em um workshop hospedado no Twitter, no dia 8 de agosto, na DEF CON AI Village, em Los Angeles, uma das maiores convenções hacker do mundo.
Leia também: Nova ferramenta de reconhecimento facial pretende reduzir racismo algorítmico