PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Uma mídia antirracista: Alma Preta completa 5 anos

27 de abril de 2020

Portal foi criado em 2015 e hoje tem milhares de visualizações e seguidores nas redes sociais

Texto / Redação | Edição / Simone Freire | Imagem / Reprodução

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

A agência de jornalismo Alma Preta completa cinco anos nesta segunda-feira (27). Com foco em uma cobertura antirracista, o portal foi fundado em 2015, após a formação do Coletivo Negro Kimpa, grupo de estudantes negros da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Bauru (SP).

A inspiração veio da luta da imprensa negra brasileira que, ativamente, contribuiu, apoiou e promoveu a reflexão social e política acerca dos efeitos do racismo no Brasil e no mundo.

“Nosso dever não é apenas informar, mas também produzir conteúdos de utilidade pública que alcancem os anseios da comunidade afro-brasileira. Por isso, nós assumimos o caráter político de valorização do conhecimento e da cultura negra, bem como de exigência de direitos e questionamento ao Estado em todas as nossas produções”, diz Pedro Borges, editor-chefe da agência.

Fundada em 27 de abril de 2015 por Pedro Borges, Vinicius Martins, Vinicius Araújo e Solon Neto, no início de 2016, o Alma Preta foi o tema do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Pedro Borges.

Além da cobertura da luta antirracista no Brasil e no mundo, nestes cinco anos de existência, coberturas marcantes fizeram parte do trabalho do Alma Preta. Entre elas, a do assassinato de Luana Barbosa, negra, mãe, lésbica e moradora da periferia abordada e agredida por policiais militares em Ribeirão Preto (SP).

Os desdobramentos do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes também fizeram parte de uma cobertura especial do Alma Preta, que buscou dar visibilidade à sua família, mostrando um outro olhar – preto e periférico – do caso.

“A gente acredita que as reportagens ajudam na construção das pessoas. Lidar e falar da questão racial no país ainda é um tabu. É muito difícil! Então, tudo que fazemos é uma forma de prestação de serviços. É pensado para a população tanto negra quanto branca, mas que precisa saber e estudar sobre o racismo no país”, conta Simone Freire, editora da agência.

Desafios

A agência de jornalismo tem metas e desafios ambiciosos para o futuro. Segundo Pedro Borges, há o objetivo de ampliar a cobertura. “O Alma Preta tem como meta desenvolver uma cobertura, como a atual, sobre outras regiões do país, dar conta do mundo rural e das florestas, em especial no que diz respeito às comunidades quilombolas, e ter ainda mais capilaridade nas periferias dos grandes centros urbanos”, afirma.

Para se manter, o Alma Preta buscou vários caminhos. Além de parcerias com instituições, uma campanha recorrente de assinatura está aberta para colaborações.

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

Leia mais

PUBLICIDADE

Destaques

Cotidiano