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‘Axé das Plantas’: podcast sobre plantas medicinais estreia em julho

Com cinco episódios, o podcast apresentado por dois homens negros estreia em 4 de julho nas principais plataformas de streaming
Imagem mostra dois homens negros em uma área repleta de plantas.

Foto: Divulgação

30 de junho de 2024

Entrelaçar ciências da saúde e ciências sociais com as epistemologias dos povos de terreiro, povos indígenas e saberes afrodiaspóricos traduz o que será a primeira temporada do “Axé das Plantas – Cura do Corpo e da Alma”, podcast, com cinco episódios, sobre as propriedades medicinais da Oriri, Quioiô, Umburana de Cheiro, Teteregun e Folha da Costa, plantas usadas como medicamentos fitoterápicos no jarê, na umbanda, nas comunidades indígenas e no candomblé, em suas diferentes formas: infusões, extratos, óleos essenciais, pomadas e banhos.

O lançamento do primeiro episódio será em 4 de julho nas principais plataformas de áudio. O projeto é apresentado por dois homens negros, Victor Diogenes Silva, pesquisador em neurofarmacologia, e Vagner Rocha, doutor em estudos étnicos e africanos. A produção é da Universidade Federal da Bahia em parceria com o podcast Viagem Gastronômica com Dr. Dendê e com apoio financeiro do Instituto Serrapilheira.

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Com lançamento quinzenal, cada episódio do “Axé das Plantas” será focado em uma planta, trazendo os conhecimentos e experiências dos seus usos medicinais por sacerdotes e sacerdotisas, benzedeiras, pesquisadores da UFBA e coletores indígenas de ervas medicinais.

O podcast busca fazer um diálogo entre universidade e comunidades tradicionais, ciência moderna e saberes tradicionais de matrizes africanas e indígenas, reafirmando que essa troca de conhecimentos de várias áreas do saber só amplia e fortalece as pesquisas nas universidades e institutos e para todas as pessoas envolvidas. Sendo as ervas o fio condutor, também serão tratados outros temas, como: oralidade, ancestralidade, meio-ambiente, intolerância religiosa, racismo científico, povos originários, questões de saúde pública e saberes populares. 

No primeiro, o assunto serão as plantas Oriri ou Alfavaquinha de Cobra ou Coração de Vidro, entre outros nomes populares encontrados na pesquisa.  Planta nativa das Américas do Sul e do Norte, mas atualmente distribuída em regiões tropicais das Américas, África e Ásia, o nome científico da Oriri é Peperomia pellucida, e possui potentes compostos com ações anti-inflamatórias, analgésicas, antioxidantes e antimicrobianas.

Para promover o encontro de Victor Diogenes Silva e de Vagner Rocha, dois doutores negros, com sacerdotes, sacerdotisas, lideranças quilombolas e indígenas, e outros pesquisadores da Academia, o projeto realizou gravações por Salvador, nas cidades de Cachoeira e Santo Amaro da Purificação [no Recôncavo Baiano], no Quilombo Remanso, no Território Indígena Payayá e na cidade de Boa Vista do Tupim [na Chapada Diamantina], e na Foz do Imbassaí.

Foram 13 entrevistados: Dona Dalva Damiana, Dona Judite e seu neto Getúlio do Quilombo Remanso, Vovó Cici de Oxalá; Pai Pote do Ilê Axé Oju Onirê; Do Terreiro Guarani de Oxóssi: Mãe Márcia, Mama e Pai Carlinhos; Babalaxé Valmir Rocha do Lajuomin, Yá Rosana do Templo Tular, Otto Payayá, e os Professores Eudes Velozo e Ygor Jessé.

O podcast “Axé das Plantas” foi idealizado a partir do projeto multidisciplinar “Neurofarmacologia de terreiro: estudo interdisciplinar para o desenvolvimento de fitoterápicos neuroprotetores aplicáveis no acidente vascular cerebral”, coordenado pelo pesquisador Dr. Victor Diogenes Amaral da Silva, médico veterinário, mestre e doutor em Ciência Animal nos Trópicos também pela UFBA e pós-doutor em Neurofarmacologia pelas Universidades de La Habana, em Cuba, e University of Portsmouth, no Reino Unido.

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